segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Aprendendo inglês com o ABBA

Coletânea "Stars" (K-Tel, 1977)
Hoje em dia é até difícil imaginar, mas houve um tempo em que o ABBA foi tão popular no Brasil que suas canções faziam parte das trilhas sonoras das nossas novelas, os clipes eram apresentados no Fantástico e as rádios não paravam de tocar os hits do grupo. As coletâneas de sucessos variados da K-Tel e da RCA traziam sempre uma canção do ABBA na lista. Isso sem falar em Perla, que ajudava a popularizar ainda mais o nome do ABBA por aqui com suas versões em português.

Apesar do sucesso no Brasil, a relativa escassez de material do grupo em nosso país nem se compara à infinidade de produtos disponíveis nos mercados europeu e australiano. O que chegava até os brasileiros eram notas curtas em revistas, mas pouco se sabia sobre o quarteto além do fato de serem casados e suecos. Fora isso, os compactos e LPs do ABBA lançados pela RCA no Brasil preenchiam a lacuna musical, mas não forneciam informações sobre a história do grupo.

Não importa. O público brasileiro consumia a música do ABBA mesmo sem saber direito quem eram eles ou que significava a palavra 'ABBA'. Mas o sucesso nem por isso era menor. A popularidade do grupo aumentou muito aqui a partir de 1977, quando o álbum Arrival chegou (com um certo atraso, comum na época) até nós, com Dancing Queen estourando nas paradas. Em abril daquele ano, depois de já ter dominado as paradas do mundo todo em 1976, Dancing Queen atingiu o primeiro lugar nos EUA, um feito marcante na carreira do quarteto. Sem dúvida isso também contribuiu para que os brasileiros ficassem ainda mais ligados no som do ABBA.

A editora Abril lançou um curso de inglês em fascículos, como era muito comum naquele tempo, e pegou carona no sucesso do ABBA. O público-alvo eram os consumidores na faixa etária entre 15 e 25 anos de idade. Cada fascículo era acompanhado de um LP com 12 sucessos cantados em inglês, na maioria músicas que estavam recheando as paradas de sucesso da época. Os fascículos também traziam 16 páginas com as letras das músicas, suas traduções, noções de gramáticas e até cifras para o acompanhamento em violão.  

Com consultoria da Cultura Inglesa, a cada 15 dias um novo fascículo chegava às bancas do país. A idéia era assessorar o ensino dos cursos de inglês voltados para os jovens do Brasil. A seção "Vida Moderna" da revista Veja de 1º de junho de 1977 anunciava a novidade:

A música "Dancing Queen", do conjunto sueco ABBA, insistentemente tocada nas discotecas de todo o mundo, incluindo as brasileiras, está subindo nas paradas de sucessos. Nas próximas semanas pode chegar no primeiro lugar. E é justamente essa música o carro-chefe de um curso de inglês em fascículos que a Abril-Educação lança nesta terça-feira em todo o país - o curso Pop Music, que pretende ensinar o inglês através da letra de canções populares que freqüentam programas de rádio e discotecas públicas ou particulares.

Ao longos do curso, outras canções do ABBA foram usadas, como Honey Honey, Dance (While The Music Still Goes On) e Knowing Me, Knowing You. Pelo visto o ABBA deve ter motivado muitos fãs brasileiros a aprenderem inglês nos anos 70. Bons tempos!




terça-feira, 24 de janeiro de 2012

The Visitors Deluxe em abril

A próxima edição Deluxe de um álbum original do ABBA já tem data marcada para lançamento: 23 de abril de 2012. O astro da vez é The Visitors Deluxe. Como os CDs anteriores da série Deluxe, esta versão traz um DVD com material raro de arquivo e faixas-bônus, incluindo o demo inédito From A Twinkling Star To A Passing Angel. Esta é a primeira gravação inédita do ABBA a ser lançada desde 1994, quando a caixa Thank You For The Music trouxe algumas faixas nunca antes oficialmente lançadas até aquele momento.


A edição Deluxe  de The Visitors  (1981), o oitavo e último álbum de estúdio do ABBA inclui, além da listagem original das canções e bônus, o item mais aguardado dos fãs do ABBA: a faixa From a Twinkling Star to a Passing Angel (demos) . Confira a listagem abaixo:

THE VISITORS – DELUXE EDITION


DISC 01: CD
1.  The Visitors
2.  Head Over Heels
3.  When All Is Said And Done
4.  Soldiers
5.  I Let The Music Speak
6.  One Of Us
7.  Two For The Price Of One
8.  Slipping Through My Fingers
9.  Like An Angel Passing Through My Room


Bonus Tracks:
10. Should I Laugh Or Cry
11. I Am The City 
12. You Owe Me One
13. Cassandra
14. Under Attack
15. The Day Before You Came


Extra Bonus Track:
16. From A Twinkling Star To A Passing Angel (demos)

DISC 02: DVD:


1. Two For The Price Of One (Dick Cavett Meets ABBA) 
2. Slipping Through My Fingers (Dick Cavett Meets ABBA)
3. When All Is Said And Done (Original Promo Clip)
4. ABBA In London, November 1982 (The Late Late Breakfast Show, BBC)
5. ABBA In Stockholm, November 1982 (Nöjesmaskinen, SVT)
6. The Visitors TV commercial I (UK)
7. The Visitors TV commercial II (Australia)
8. The Singles – The First Ten Years TV commercial I (UK)
9. The Singles – The First Ten Years TV commercial II (Australia)
10. International Sleeve Gallery



domingo, 22 de janeiro de 2012

Há 30 anos Frida se aventurava fora do ABBA

Em um período, digamos, turbulento e incerto para o ABBA, Frida não se fez de rogada: tratou de alçar vôos fora dos domínios do grupo. Não que eles soubessem do fim do quarteto, afinal todos os fãs do ABBA sabem que o término do grupo nunca foi planejado e nem formalmente anunciado. Mas o desgaste já podia ser notado. E todos tinham um desejo em comum: mudar o foco de seus trabalhos.


Em fevereiro de 1982, exatamente três décadas atrás, Frida se aventurou em busca de novas experiências musicais. E elegeu Phil Collins como seu mentor nessa empreitada. Começava a nascer o primeiro disco solo em inglês de Frida, Something’s Going On, e também o primeiro projeto solo de um membro do ABBA lançado mundialmente.

No livro The Phil Collins Story, de Johnny Waller, o próprio Phil relata com detalhes como foi a colaboração com Frida. “Quando trabalho com alguém, gosto de me envolver totalmente no projeto. Acho que o que muita gente quer é o som peculiar da minha bateria. Elas acreditam que, se trabalharem comigo, conseguirão imprimir minha bateria característica em sua música. Mas quero que seja uma coisa tão minha quanto da pessoa também”.

Esse foi certamente o caso com Frida. Ela e Phil pareciam predestinados a se unirem em sua dor mútua após os respectivos divórcios. “Ambos passamos por relacionamentos desfeitos”, explicou ela naquela época. “Acho que por isso eu sabia que trabalharíamos juntos tão bem. Eu estava familiarizada com o trabalho de Phil porque minha filha gosta dos discos dele e os ouve bastante. Percebi que estávamos em sintonia total um com o outro”.

Mas o que motivou Phil a trabalhar com Frida? “O que ouvi foi que havia algumas pessoas interessadas em mim para produzir seus discos, mas Frida  por alguma razão  se tornou a mais importante”, explica Phil no livro. “Digo importante porque pensei ‘o ABBA, sabe como é, um grupo muito famoso e conhecido por seus discos pop e todos dizem que eles são produtores de clássicos  e aqui está um deles que me quer como produtor de seu álbum solo. Isso só pode valer a pena’.”


Devido à reputação do ABBA  sem falar na voz brilhante de Frida  este foi um desafio que Phil não poderia recusar e então viajou para o Polar Music Studios em Estocolmo, onde se envolveu totalmente no projeto do início ao fim: selecionando material, tocando bateria na pré-gravação das faixas, criando o som geral com o engenheiro de som Hugh Padgham e mixando as versões finais  sete semanas no total.

Esse álbum foi sua primeira marca registrada em termos de produção mesmo, segundo ele próprio – “pela primeira vez eu tinha um grupo de pessoas cuidando das finanças, tive que contratar os músicos  era um projeto bem mais sério. Embora haja muito dinheiro naquela organização, ainda assim foi um álbum com limites de orçamento bem definidos. Quer dizer, o ABBA... eles valem uma fortuna. Falar apenas que eles são tão grandes quanto a Volvo é simplificar demais  o lucro dos investimentos deles é de 200 milhões de coroas suecas por ano, isso sem contar com a música!”

O fato pode ser ilustrado por um episódio clássico ocorrido quando Phil e Hugh tiraram um dia de folga e aproveitaram para pegar uma sauna. “Então perguntamos à Frida onde poderíamos ir e ela disse que havia um prédio antigo realmente bacana no centro de Estocolmo, com casas de banho a vapor. Dissemos: ‘Mas a gente não é sócio’ e ela respondeu ‘Tudo bem, o prédio é meu!’.”

A tarefa inicial de Phil era sentar com Frida para escolher o material a ser usado no álbum. Foi uma parceria inusitada para ambos. Para Frida, foi uma mudança alucinante ficar com uma responsabilidade daquele tamanho após tantos anos de sucesso com o ABBA, construídos com disciplina rígida e fechada.

“No esquema de trabalho do ABBA”, explicou Phil Collins, “nunca perguntavam nada a Agnetha ou à Frida, elas apenas recebiam os comandos de ‘Cante assim! Isso, está ótimo! Obrigado!’. Então para alguém como eu chegar e dizer para Frida ‘Em qual tom você quer cantar esta nota? Quer algo mais rock ou está achando acelerado demais?’  na primeira semana ela respondia ‘Não sei, o que você  acha?’, mas eu dizia ‘Escute, este é o seu álbum, baby, não o meu’. E após duas ou três semanas ela começou a pegar o espírito da coisa”.

Auxiliado pelo engenheiro Hugh Padgham, Phil trabalhou para representar a voz clássica de Frida em um contexto de rock moderno: “Minha tendência foi optar pelo som que eu achava que cada canção deveria ter em particular. Há muitas faixas no álbum de Frida que soam bem diferentes umas das outras”.

Parecia que Frida procurava se estabelecer mais como uma cantora contemporânea de rock do que como uma vocalista feminina no estilo de Barbra Streisand ou Diana Ross, por exemplo. Como Phil explica, “Ela estava se espelhando em Pat Benatar, Kim Wilde, que não tinham uma voz tão boa quanto a dela  Frida tem uma voz fantástica, ela abre a boca e canta com perfeição  e via tudo isso acontecendo ao redor dela, queria fazer parte”.


O álbum foi gravado durante fevereiro e março de 1982 e lançado em setembro daquele ano. Embora a parceria de Phil e Frida tenha obtido um sucesso parcial, algumas faixas mostraram do que ela era capaz como cantora, principalmente no pop clássico de I Know There's Something Going On  com o estilo de bateria típico de Phil Collins  que se tornou hit em diversos países e deu ao álbum o nome de Something's Going On.


O clipe de I Know There's Something Going On  foi filmado em Londres, em meados de 1982. Frida fez o papel de uma mulher que descobre ter sido traída pelo marido/namorado. O vídeo foi filmado em várias locações diferentes: Primrose Hill Photographic Studios, Stringfellows Discotheque, Fulham Film Studios (cenário do quarto), Little Venice e Covent Garden. O diretor foi o ingles Stuart Orme, responsável por videoclipes de diversos outros artistas como In The Air Tonight (1981), You Can't Hurry Love (1982) e I Don't Care Anymore (1983) de Phil Collins, Saving All My Love For You  (1985) de Whitney Houston e muitos outros.

A revista revista alemã Bravo, daquele mesmo mês, trouxe uma extensa matéria sobre o disco solo de Frida, onde ela explicou: “Após o lançamento do último álbum do ABBA, The Visitors, eu tive um tempo livre e resolvi aproveitá-lo para gravar um disco solo”. De fato ela convidou Phil Collins, baterista e vocalista do grupo Genesis, no começo deste ano para ajudá-la no projeto solo. Ela decidiu após ouvir incessantemente o álbum solo de Phil, Face Value: “Este é o cara que estou procurando”. Mas produzir o álbum de Frida não foi o bastante para o mago do Genesis. Ele ainda atuou como baterista, compositor e cantor na faixa Here We'll Stay, dueto com Frida. Além disso, ele ainda arrebanhou compositores renomados como Russ Ballard e Bryan Ferry.


O livro The Phil Collins Story esmiúça ainda mais o resultado daquele trabalho:

Apesar do indiscutível destaque, o álbum de Frida é irregular no que diz respeito às suas canções. Segundo o próprio Phil, algumas faixas - especialmente Here We'll Stay, foi um dueto difícil dos dois. “Bem... foi um lapso total de gosto da minha parte! Acho que ficou terrível”, admite Phil humildemente. “O motivo de termos escolhido essa canção foi que ela era ótima para usarmos os clarins e ideal para destacarmos a banda toda. Frida disse ‘Talvez você possa cantar nela comigo também’ e na época eu não havia imaginado essa faixa como um dueto. Mas acabei concordando”.

Embora se arrependa dessa canção, Phil guarda o álbum como um todo na memória com carinho. “Gostei muito de fazê-lo porque para mim foi muito bom ter responsabilidade por toda a parte de produção - foi a primeira produção propriamente dita que fiz em termos de cuidar da parte burocrática e das canções. E agora eu sei que sou capaz de fazer isso, coordenar todas as fases da produção - lidar com as pessoas e com o dinheiro... Fiquei muito feliz com a forma como tudo saiu. Encarei como um grande desafio muito prazeroso”.

A matéria da Bravo deu mais detalhes:
“Meu álbum não é uma cópia do ABBA”, explicou Frida. Ela até gravou algumas partes dele no Air Studios em Londres, evitando qualquer tipo de envolvimento com o ABBA. Nesse ponto a dupla Frida e Phil conseguiu fazer um som completamente diferente do ABBA. Ouvindo o compacto I Know There's Something Going On, percebe-se que a voz de Frida lembra apenas vagamente a Frida do ABBA.

De sua parte, Frida não tem dúvidas sobre os méritos do álbum. “Phil é um produtor tão bom e um cara muito legal. Eu jamais poderia ter feito esse álbum sem ele. Nós fizemos planos para trabalharmos juntos novamente em breve”. Infelizmente Phil já estava comprometido com outros projetos, incluindo sua carreira solo, embora tivesse dito que ficaria mais do que contente em trabalhar de novo com Frida.



Principais fontes de pesquisa:

The Phil Collins Story
Johnny Waller
Londres: Zomba Books, 1985

ABBA The Articles 
Bravo, September 1982: Frida is having a bit on the side!
http://www.abbaarticles.blogspot.com/2011/12/bravo-september-1982-frida-is-having.html

Site www.raffem.com
Frida 1982-1983
http://www.raffem.com

sábado, 14 de janeiro de 2012

Agnetha no ELLE GALAN 2012

Para grande surpresa não apenas dos fãs do ABBA mas de todos, Agnetha fez uma de suas raras aparições públicas na festa de gala da revista ELLE ontem à noite. Superstições à parte, apesar de ter sido sexta-feira 13, a data não comrpometeu em nada o brilho de Agnetha no Grand Hotel em Estocolmo, onde aconteceu o evento.

Agnetha foi aplaudida de pé ao receber o troféu Fashion Legend (Lenda da Moda) de ELLE, que a descreveu como “Uma superstar de brilho eterno – uma voz única. Uma lenda fashion, tão estilosa hoje como era no passado. Obrigado por todas as roupas brilhantes. Obrigado pela música. Você é nossa eterna dancing queen”.


Agnetha retribuiu os elogios com um breve discurso, agradeceu ao júri, aos outros ganhadores e a todos presentes na premiação. Disse ainda estar achando a noite ótima e, contrariando sua fama de reclusa e arredia, esbanjou simpatia, com sua habitual simplicidade.

Confira as fotos abaixo, retiradas do site sueco da ELLE: 










sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Uma noite para ser lembrada

Há 33 anos, na noite de 9 de janeiro de 1979, o ABBA participou de um dos maiores eventos de sua carreira: A Gift of Song - The Music For UNICEF Concert. A glamurosa festa beneficente, apresentada pelos Bee Gees na Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova York, abria as comemorações que declarava 1979 como o Ano Internacional da Criança. Além disso, o objetivo era arrecadar fundos para programas de combate à fome do UNICEF - órgão da ONU (Organização das Nações Unidas) responsável pelo amparo e bem-estar da criança no mundo.

ABBA nos ensaios
O grande show, gravado e transmitido pela rede de TV americana NBC para 70 países ao redor do mundo, foi visto por mais de 300 milhões de espectadores e contou com a participação dos grandes nomes da música da época. E o ABBA, como um dos maiores vendedores de discos daquela década, não podia ficar de fora. Os outros artistas eram Olivia Newton-John, Donna Summer, Rod Stewart, John Denver, Andy Gibb, Earth, Wind & Fire, Rita Coolidge e Kris Kristofferson. (Elton John também estava confirmado mas não compareceu).

ABBA nos ensaios
Cada um dos participantes doou os direitos autorais de uma canção para o UNICEF. Durante o evento, os direitos de canções muito famosas na época foram também doados, como Too Much Heaven, dos Bee Gees; Da Ya Think I’m Sexy?, de Rod Stewart e September, do Earth, Wind & Fire, entre outras. Com Chiquitita, o ABBA apresentava uma canção totalmente inédita, especialmente escolhida para o evento e consolidava mais uma vez seu prestígio internacional.



No livro Mamma Mia! eu explico como foi a participação do ABBA esse show:

Tanto Björn quanto Benny recordam que se sentiram meio esquisitos indo para Nova York para apresentar uma canção como Chiquitita – um tanto quanto antiquada em se tratando de pop europeu e latino americano – em meio a canções modernas como o disco rock de Rod Stewart em Da Ya Think I’m Sexy? “Eu teria preferido algo mais contemporâneo para apresentarmos”, admite Björn. Benny concorda: “Foi bem estranho, mas sentimos que aquela era a melhor música inédita que tínhamos para apresentar até então e por isso a escolhemos, mesmo que possivelmente não tenha sido a melhor escolha”.
Embora If It Wasn’t For The Nights tivesse sido uma opção mais adequada àquela noite em Nova York (e de fato foi a primeira escolha do grupo), do ponto de vista popular e comercial o ABBA certamente fez a escolha certa ao eleger Chiquitita como o primeiro compacto de seu próximo álbum, Voulez-Vous (...). Acredita-se que a maior parte da renda retirada pelo UNICEF provenha de Chiquitita, que sozinha conseguiu arrecadar mais de um milhão de libras (quase 2 milhões de dólares).
Um LP contendo 10 canções do show (inclusive Chiquitita) foi lançado algumas semanas após a apresentação.



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