sábado, 31 de janeiro de 2009

O reencontro de Frida com o pai 32 anos depois

Depois de 32 anos eles se viram pela pela primeira vez - Anni-Frid Lyngstad e seu pai.

Durante todos esses anos Frida acreditava que seu pai havia morrido na guerra. Há uma semana finalmente eles puderam se abraçar - a cantora mundialmente famosa e o padeiro Alfred Haase, de Westruhe na Alemanha Ocidental.

Foi a revista alemã "Bravo" que mostrou os dois juntos. Em um artigo há 14 dias atrás, a revista contou a história de amor na Noruega entre um soldado alemão e uma gartota norueguesa. O resultado foi Anni-Frid. Sua mãe morreu depois de dois anos e seu pai foi dado como morto na guerra. Anni-Frid mudou-se para a Suécia com a avó. Um dos muitos fãs do ABBA viu o artigo e disse "este talvez seja o meu tio!". Quando o tio Alfred Haase ficou sabendo sobre o artigo contatou a revista e eles contataram Anni-Frid.

Incrivelmente tensa

Esta semana pai e filha se reuniram em Lidingö. Anni-Frid ficou claramente tocada ao conhecer seu pai.


- Eu não podia ir ao aeroporto. Eu estava muito tensa antes de encontrar-me com ele, disse Anni-Frid ao Göteborgsposten, o único jornal em que ela quis falar sobre o assunto.


- Quando ele chegou nós apenas nos abraçamos. Não me lembro muito do que dissemos.

Alfred Haase ficou com Benny até segunda-feira. Ele também conheceu os seus netos Lise-Lotte, 10 anos e Hans, 14.

- Eu estava constantemente nervosa o tempo todo. As diferentes línguas não ajudavam muito também. Meu pai me disse que ele estava muito nervoso para me encontrar. Ele nunca soube que tinha uma filha. Ele me disse que viu minha mãe sozinha quando ela estava caminhando com um balde. Depois eles se encontraram diariamente até que ele foi enviado de volta à Alemanha.

- Quando eu era uma menina foi-me dito que ele provavelmente tinha sido morto durante a guerra. Em um comboio militar, Anni-Frid diz ao GP.

- Mas eu ainda fantasiei sobre nós nos reunirmos algum dia.

Finalmente o alívio

- Agora todo o meu passado veio sobre mim. Depois que ele voltou para a Alemanha. A reação veio várias noites atrás, eu chorei a noite toda.

A mãe de Anni-Frid, Synni Haase Lyngstad, conheceu Haase quando ele era um jovem oficial em Ballangen nos arredores de Narvik durante o fim do mundo que foi 1945. Eles se encontraram diariamente durante seis meses. Nove meses depois ele se tornou o pai de uma menina. Alfred Haase nunca soube disso.

Após dois anos da morte de Synni ela e sua avó mudaram-se para a Suécia.

- Ela estava consciente de que "crianças alemãs" estavam tendo um momento muito difícil na Noruega. Ela mudou-se para dar a mim e a ela uma nova chance. Acabamos por ficar em Torshälla, perto de Eskilstuna. Foi quando a minha vida realmente começou.

Anni-Frid agora tem dois meio-irmãos, Peder e Karin, ambos com 30 anos.

(Na foto Peter Haase, irmão de Frida)

-Temos gostos parecidos. Nós temos as mesmas características, o mesmo dedo indicador torto. Meu pai e eu ainda temos os mesmos pés.

- Então ele é meu pai e está tudo bem.


(Publicado no jornal Expressen, em 15 de Setembro de 1977)


Em 1978 Frida e Benny foram à Alemanha para visitá-lo. Depois disso ela descobriu que seu pai na verdade quando soube que Synni estava grávida foi embora da Noruega. Por um tempo o contato com o seu pai foi interrompido, mas ele disse em 2001 que eles se falam regularmente e qualquer relatório contrário é falso. Disse ainda ser extremamente orgulhoso da filha. Segundo jornais alemães, Alfreed Haase faleceu no início deste ano em uma casa de repouso na Alemanha...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Agnetha in the beginning...

Deixo aqui dois textos publicados em jornais suecos de 1968, que falam de uma Agnetha ainda estreante. Esta Agnetha (ou Agneta, como está grafado em uma das primeiras matérias publicadas sobre ela em janeiro e setembro do mesmo ano) se mostra como uma jovem sonhadora, alegre, cheia de planos e radiante por fazer o que mais gostava.

"Eu chorei lágrimas de alegria"

-Eu fiquei chocada. Chorei lágrimas de alegria.

Há algumas semanas ela era uma adolescente comum de 17 anos de idade. Agora ela está em 3º lugar na Svensktoppen! Agneta Fältskog de Jönköping está a caminho de ter uma carreira incomparável.

Sua primeira gravação "Jag var så kär" foi um estouro imediatamente. Do nada para o terceiro lugar no Svensktoppen! Isto nunca tinha acontecido antes, segundo especialistas do show business. E o melhor de tudo: Agneta compôs a letra e a música.

Agneta nas últimas semanas estreou sua primeira gravação, apareceu na televisão e agora isto... Só Anita Lindblom e Anna-Lena Lövgen estão à frente dela.

Agneta gravou mais uma outra canção "Utan Dig". Ela será lançada nos próximos dias.

- E esta é muito melhor, Agneta assegura.

Eventualmente duas músicas americanas são lançadas. A Agneta que agora é o número três na Svensktoppen não tem muito em comum com a menina de sete anos de idade que fez sua estréia em uma reunião no clube de pesca onde suas calças caíram...

Agneta comemorou a posição em sua casa em Tegelbruksgatan, Jönköping. Flores e telegramas transbordando e o telefone tocando todo o tempo. Pessoas ligando da Suécia, Dinamarca e Alemanha. E todos mundo querendo que Agneta cante. Todos receberam um "desculpe-me" como resposta. Agneta estará ocupada até setembro como vocalista na orquestra Enghardts.

A vida profissional é tentadora. Mas, sábio e sensata como ela é, prefere esperar para ver como as coisas correm.

- Mas está começando a ficar difícil, diz Agneta. O escritório durante o dia e cantando à noite. Seria divertido se eu tivesse mais tempo para escrever mihas próprias canções.

Agneta Fältskog não escreve apenas suas próprias canções. Ela escreve para outros artistas também.

Foi depois que Agneta enviou uma fita demo para a empresa discográfica Cupol que as coisas começaram a acontecer. Em Estocolmo eles ouviram dizer que havia algo de especial em Agneta. Então eles têm investido muito nela. Por exemplo, é muito raro que um estreante comece gravando duas músicas ao mesmo tempo. Normalmente começa-se com uma e depois esperam para ver como ela se sai...

(Publicado no jornal Jönköpingsposten, em 29 de Janeiro de 1968)

***

"Eu quero atuar na TV e teatro"

Ela parece ser uma garota enigmática. Aos 18 anos de idade na Svensktoppen Agnetha Fältskog. Ela é a cantora de "Jag var så kär" do inverno passado, se você se lembra. Mas ela é enigmática no bom sentido. Agnetha é uma garota com muitos ferros no fogo.

Agnetha admirações e anseios. Será que ela deveria tentar algo logo na Alemanha, fazer muito dinheiro, ou será que ela deveria tentar se tornar o que ela realmente pretende ser, uma atriz?

É uma escolha difícil, tão difícil como foi na última Primavera, em Jönköping, parar de cantar com Bernt Enghardts orkester, que excursionou com ela no seu tempo livre por dois anos. Mas volto a repetir que ela esperou por um bom tempo antes de tomar essa decisão drástica.

Foi em grande parte graças à orquestra Enghardts que Agnetha se tornou um grande nome. Como que prevendo, a orquestra do maestro Bengt (atualmente seu nome é Bernt) Enghardt enviou uma fita para Little Gerhard, que agora é diretor de produção em uma pequena empresa discográfica. E Lille Gerhard estava interessado em ouvir a voz de Agnetha de perto e chamou-a imediatamente. Adivinhe se ela ficou surpresa!

Ela ficou ainda mais surpresa quando o seu primeiro álbum com uma canção que ela própria escreveu tanto a letra quanto a música, entrou direto para a 3ª posição na Svensktoppen. O aumento recorde de vendas e após duas semanas "Jag var så kär" já tinha vendido mais de 80.000 cópias - um número de vendas excelente.

Houveram outros que também se surpreenderam com Agnetha. A maioria das pessoas no show business acham que foi uma grande conquista Agnetha chegar com uma música escrita por ela mesma ao topo das paradas. Mas Agnetha não acha que esta música é particularmente especial, não mais especial do que suas outras canções.

- Eu escrevo canções há bastante tempo, diz ela, desde cerca dos dez anos de idade. Quando eu entro na onda (para compor), eu acendo duas velas - de preferência vermelhas - e sento-me ao piano. E então eu venho com uma melodia. Principalmente uma melancólica.

Agnetha não é uma pessoa melancólica, muito pelo contrário, ela está sempre alegre e acha que é muito feliz. Mas ela precisa da tristeza em suas músicas como um contrapeso. E talvez ela libere seus sentimentos quando não está feliz. Ambas de suas canções que entraram na Svensktoppen "Jag var så kär" e "Utan Dej" são melodias de amor que foram inspiradas por rapazes que Agnetha havia conhecido e em seguida o relacionamento terminou.

Mas no futuro provavelmente começaremos a ouví-la cantar sobre um amor feliz. Porque agora Agnetha está realmente apaixonada! Desde a primavera passada ela está unida a Dieter Zimmerman, um compositor alemão que ela conheceu em Berlim, quando esteva lá para gravar um álbum. No final de julho eles noivaram.

Este noivado pode significar muito para Agnetha. Ele não só é um cara legal, com quem ela se sente muito bem, mas também é um hábil compositor e produtor que pode lançá-la no mercado alemão.

- Eu realmente acredito em Agnetha, diz Dieter. Sua romântica e um pouco melancólica disposição é exatamente o que precisamos na Alemanha agora. Ela tem todas as perspectivas para ser uma das próximas artistas entre os da longa lista de suecos que fizeram sucesso por lá.

Mas Agnetha realmente não sabe muito sobre seus passos. Porque seu grande sonho é o teatro.

- Eu sempre quis atuar em frente a uma platéia, diz ela. Mas jamais tive a oportunidade - exceto por diversão - quando nós atuamos na escola e em ocasiões semelhantes. Claro que eu estive no palco várias vezes durante o verão no folkparks - mas isto não é a mesma coisa...

Mas agora ela tem isso em mente: os planos para a Alemanha foram colocados na prateleira por agora, e o contrato com a orquestra Enghardts foi rejeitado. Porque Agnetha vai estudar na escola de teatro Calle Flygare. Sua meta é a TV e o teatro, Agnetha pensa que é um meio muito favorável. Com o objetivo de levar a sério o teatro, mas com a vantagem de que se atinge muito mais pessoas.

Mas Agnetha não irá desaparecer completamente como cantora. Isto vai lhe promover bastante aqui - a Nancy Sinatra da Suécia! O Lee Hazlewood que ela escolheu é Jörgen Edman. Juntos irão chegar ao topo um novo som para a Svensktoppen, que se espera venha a ser um grande sucesso.

Iremos também ter a oportunidade de vê-la ao vivo no palco. Porque ela vai participar de um pacote turístico com entre outros Sten & Stanley. Isto é algo que se espera também seja favorecido pela plateia.

E talvez também haverá, apesar do amor feliz, um pouco de melancolia nas suas músicas. Dieter voltou a Berlim para produzir músicas, e Agnetha tem que se contentar em escrever letras a cada noite e falar com ele ao telefone, uma vez por semana. E passar seu tempo desejando sua volta, escrevendo seu próximo sucesso para a Svensktoppen "Längtan" (Anseio).

(Por Birgitta Forslund e Benny Möller, publicado no jornal Bild Journalen, em 18 de Setembro de 1968)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Agnetha e Frida juntas novamente!

Agnetha e Frida apareceram juntas no palco esta noite (22/01/09) em Estocolmo para receberem o Rockbjörnen (Urso do Rock) Lifetime Achievement Award (Prêmio Realização de Vida), em nome do ABBA, que lhes foi conferido pelo jornal sueco Aftonbladet! Os prêmios de música popular foram criados em 1979 e baseiam-se em votos dos leitores. As duas mulheres entraram de mãos dadas, responderam a perguntas e agradeceram aos leitores pelo seu apoio.
O telhado do “Cirkus” quase veio abaixo quando Agnetha Fältskog e Anni-Frid Lyngstad apareceram para receber o prêmio Rockbjörn em nome do ABBA.
Quando Per Sinding-Larsen anunciou que ABBA tinha vencido o prêmio e introduziu as duas cantoras a platéia delirou. E depois de uma pausa dramática elas surgiram no palco.
- Não, agora vocês têm que ficar quietos, disse Anni-Frid Lyngstad com a audiência ainda aplaudindo.
Agnetha Fältskog raramente comparece em eventos públicos, mas ontem fez uma exceção para os leitores do Aftonbladet. E ela estava também com muito bom humor.
- Temos conversado sobre dinheiro hoje, brincou Agnetha quando lhe perguntaram o que ela tinha conversado com Anni-Frid durante a noite.
Ela rapidamente acrescentou:

- Não, não é tudo. Nós estamos muito nostálgicas. Partilhamos muitas lembranças E estamos muito humildes por, mais uma vez, uma nova geração está ouvindo a nossa música. Estamos tão nervosas hoje quanto na época em íamos para o palco, diz Agnetha.

O que o sucesso do "Mamma mia!" significou para você?
Agnetha: Ainda é o nosso material, tem sido assim o tempo todo. A sensação que tenho sobre isso é um incrível orgulho por nossa música nunca ter morrido. Há sempre novas gerações que gostam dela e isto é promissor.
Frida: Nós muitas vezes fomos perguntados sobre o que isto tem a ver com ABBA. Björn e Benny são apontados como os gênios da banda, mas todo o trabalho criativo da banda estava no estúdio. Éramos um grupo de pessoas, e não apenas quatro, mas músicos e engenheiros também, que criaram no estúdio. Fizemos tudo. Todas as nossas vozes.
Agnetha: "Tudo o que tínhamos que fazer, nós fizemos. Foi um enorme trabalho.
Frida: Muitas vezes esquecem que o trabalho criativo foi feito no estúdio durante muitas, muitas horas. É uma grande felicidade que tenhamos criado este som.

O que você pensa sobre a recepção da platéia esta noite?

Agnetha: Muito impressionante. Que calor.
Frida: Há uma coisa que eu gostaria de colocar à frente que é tudo o que foi escrito sobre Agnetha e eu, que estávamos em luta e que nós éramos inimigas. Isto não é verdade. É óbvio que competimos, mas era pro bem do que estávamos fazendo.
Agnetha: Não, Deus! Não éramos inimigas. Já ouvimos a vida inteira muitas dessas injustiças.
Frida: ABBA não eram apenas dois casais. Agnetha e eu também éramos como casadas.
Agnetha: Nós nos apoiamos muito. Se uma estava resfriada ou não estava bem.
Frida: Nós tínhamos muito cuidado uma com a outra.

Faz muito tempo que vocês não se encontram privativamente?
Agnetha: Muito tempo atrás.
Frida: Mas é como se fosse ontem.
Agnetha: Sim. Às vezes eu sonho com Frida. Às vezes com Benny e Bjorn em diferentes situações.
Frida: É um processo. Fomos muito longe e tivemos uma vida incrível. Tanto profissional como privada. Nós tivemos que analisar as nossas vidas. Não é algo que você pode colocar no bolso e esquecer. Nós fomos lembrados esta noite. Você vive isto com orgulho e reflexão.
Agnetha: Sim, são sentimentos muito diferentes.

E apenas duas de vocês realmente sabem o que se passou e o que sentiram.
Agnetha: Exatamente. Nós como mulheres sentimos isto de uma maneira especial.
Frida: Mais emocional.
Agnetha: Para mim (os anos com o ABBA) me trouxeram muito remorso e saudades dos meus filhos.

Você quer gravar novamente?
Frida: Eu ia apenas pedir à Agnetha para podermos fazer um novo álbum!
Agnetha: Um CD duplo, ha ha ha ...

Você lançou um álbum há alguns anos.
Agnetha: É difícil sentir-me motivada agora. Eu tenho muito mais. Estou em outra fase da vida. Sou avó assim como a Frida. ABBA está situado sempre em uma fase e o sonho do ABBA. Não está fora de mim. Nunca. Mas estamos vivendo nossa vida diária. Afastei-me mais e mais da música.

Você escreve, é claro, muitas músicas?
Agnetha: Sim, eu escrevo às vezes. Mas é só para ficar na gaveta. Eu estava compondo para mim. Mesmo com estes textos, posso ter idéias. De lá a fazer nada ...
Frida: O passo é grande. Quase invencível.
Agnetha: Você pode ter uma grande idéia juntos. Trabalhar no estúdio é assim. Mas então temos que ir atrás dela.
Frida: Certo. O medo como você disse está em viajar - ele não vai mais longe.
Agnetha: É tarde demais para isso. Eu não posso.

Você está ouvindo muita música?
Agnetha: Há muitas músicas boas, e outras muito ruins. Acho, por exemplo, Laleh incrivelmente boa. E Robyn.
Frida: Robyn, eu gostei desde que começou. Eu sempre disse que a garota seria grande.

Quando ABBA estava ativa, principalmente você duas estavam em destaque no palco. Depois foi A e A. Nos últimos anos, foram essencialmente B e B destacados.
Agnetha: Claro, porque eles são compositores.
Frida: Mas temos que apanhar algo.
Agnetha: Certo. Você pode conseguir uma foto grande de nós duas? Provavelmente, pode ser conseguido.
Agnetha: Não, brincadeiras à parte. Sabemos o suficiente, todos os quatro estão extremamente orgulhosos, humildes e gratos por aquilo que foram capazes de fazer.

Anni-Frid toma seu Rockbjörn e acrescenta:
- Isso é fantástico. Que após 35 anos nós ainda somos apreciados por pessoas de todo o mundo.

Quando Per Sinding-Larsen perguntou se elas têm alguma lembrança engraçada do ABBA para partilhar, ambas riram:
- Não, não podemos falar nada aqui. Um lavatório e perucas é tudo o que podemos dizer, nas nossas autobiografias iremos contar tudo. Que isso fique sendo o próximo enigma do Aftonbladet, diz Frida.

Fotos:







































































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