sexta-feira, 30 de abril de 2010

Fotos INÉDITAS do ABBA de 1977!

Em 1977, o ABBA foi fografado por Manuel Litran para a revista francesa Paris Match. O site da revista divulgou no dia 26/04 estas lindas fotos inéditas até então...


Fonte: Paris Match

Business Daily, 2010: A música continua para o co-fundador, três décadas após o fim do ABBA


Em 1974, o ABBA incluiu uma canção chamada Dance (While the Music Still Goes On) no seu álbum Waterloo, e Goran Bror "Benny" Andersson, co-fundador da banda e compositor, ainda está dançando.

Nos 28 anos após a dissolução do grupo, Andersson e o veterano compositor Björn Ulvaeus criaram os musicais Chess (1984), Kristina Fram Duvemåla (1995) e, evidentemente, o ABBA musical Mamma Mia! (1999), que ainda está em cartaz em Londres e na Broadway, e em 2008 foi transformado em um filme de sucesso com Andersson como produtor executivo.

Desde 2001, ele conduz a Benny Andersson's Orkester, um conjunto com 16 membros que lançou três álbuns na sua Suécia natal e Story of a Heart, que compila canções dos três álbuns anteriores e que foi lançado nos Estados Unidos no início deste ano.

Aos 63 anos, em suma, a música ainda está na vida de Andersson, mais para a sua satisfação.

"Eu venho aqui todo dia e tento lidar com a poesia", diz Andersson, em entrevista por telefone de seu estúdio em Estocolmo.

"Eu posso fazer exatamente o que quero. Não tenho que me preocupar em ganhar a vida e tudo o mais, então eu posso me concentrar no que sinto que é importante fazer. E, como você pode ouvir nessa gravação da minha banda, eu só faço o que gosto."

"É um grande privilégio ter sido um membro do ABBA."

Benny Andersson’s Orkester representa um caminho musical trilhado por Andersson bem antes da formação do ABBA em 1972, que rapidamente se tornou uma sensação mundial e vendeu mais de 375 milhões de cópias até o momento.

Como é ouvido no Story of a Heart, a banda remonta à música folk sueca, polcas, valsas e arranjos de big-band (grande grupo instrumental associado ao jazz) que ele ouviu ao crescer, tocada em casa pelos seus pais.

Seu pai e avô - ambos "músicos por hobby", diz Andersson - apresentaram-lhe o acordeão, que ele começou a tocar aos 6 anos de idade.

"Nós temos uma boa tradição musical na Suécia", diz Andersson, "que na verdade é mais baseada no violino em vez do acordeão. Mas é assim que eu defino a minha entrada no mundo folk sueco, e foi assim comigo em todos os anos na verdade. Eu me sinto muito próximo disso."

Entretanto, assim como a juventude que cresceu nos anos 50 e início dos anos 60, Andersson começou a ser exposto a outras músicas.

"Era um pouco diferente de estar aqui, no entanto, diz o músico, cujos primeiros singles foram Jailhouse Rock (1957), de Elvis Presley e Du Bist Musik (1956), da cantora italiana Caterina Valente.

"Todas as influências que chegaram à Suécia vieram da Itália, da Alemanha, da França, material schlager alemão assim como Little Richard, Chuck Berry, Elvis Presley e os Beatles e tudo mais. Ter vindo de uma tradição européia é um pouco diferente, eu acho, se você comparar isto com a maioria das bandas anglo-saxônicas".

Andersson logo se viu em uma banda de rock, The Hep Stars, e se inspirou nos Beatles para começar a compor a sua própria música.

"Antes disso ninguém sabia quem escrevia as canções", ele lembra. "Eles apenas pensavam, 'Esta é uma canção do Elvis' ou 'Esta é uma canção do Cliff Richard'. Então de repente você se dá conta, 'Uau, esses caras escrevem suas próprias músicas. Talvez eu devesse fazer isso..."

"Minha primeira canção não era tão boa", admite Andersson com um riso. "A minha segunda foi uma canção chamada Sunny Girl, que tinha uma melodia muito boa".

Depois de algum modesto sucesso inicial, a revelação do ABBA aconteceu em 1974 no Eurovision Song Contest, ao vencer com a canção Waterloo, que posteriormente liderou as paradas na Austrália, Alemanha e Reino Unido, assim como alcançou o 6º lugar nos Estados Unidos.

Andersson e seus colegas nunca olharam para trás.

Os oito álbuns do grupo renderam 13 sucessos no Top 40 americano, incluindo favoritos duradouros como SOS (1975), Mamma Mia (1976), Take a Chance on Me (1977) e o grande sucesso Dancing Queen (1976).

O catálogo do ABBA continua a vender três milhões de cópias por ano, o que ainda surpreende Andersson.

"Quando paramos com o ABBA em 1983, eu acho que todos nós dissemos: "Bem, podem haver alguns discos lá fora que as pessoas irão comprar, talvez por um ano. Talvez nós tenhamos um ou dois anos com algum dinheiro entrando com a venda dos antigos discos que foram lançados", diz ele. "Então é surpreendente para todos nós que ainda haja vida no que fizemos nos anos 70."

A posse do ABBA no Rock and Roll Hall of Fame em março passado foi outra surpresa, diz Andersson, especialmente porque nem mesmo ele realmente pensa na música da banda como rock.

"Eu tomo isso como uma verdadeira honra", diz Andersson, que compareceu à cerimônia com Lyngstad e tocou piano, enquanto Faith Hill cantou canções do grupo. "Éramos e somos uma espécie de banda pop sólida, e há uma diferença entre música pop e rock-'n'-roll. Ser empossado no Rock and Roll Hall of Fame não estava no mapa, realmente, para nós.

"Por outro lado, lá há muitos artistas pop já empossados, então eu não me importo", diz ele. "Eu não sou a pessoa que me empossou, entende?"

Andersson e Ulvaeus envolveram-se em musicais depois da separação do ABBA - Chess, em parceria com Tim Rice, foi um álbum concebido três anos antes de ser encenado nos palcos - e também entraram como produtores, começando com a dupla de irmãos Anders e Karin Glenmark.

Carreiras próprias

Andersson lançou um álbum solo, Klinga Mina Klockor (Chime My Bells) em 1987, e depois formou a Benny Andersson's Orkester, começando com cinco violinistas e posteriormente recrutamento cantores como Tommy Körberg do Chess e Helen Sjohölm, que fez parte do Kristina Fram Duvemåla.

A banda começou a gravar com um álbum auto-intitulado em 2001, com letras de Ulvaeus, e Andersson diz que tenta manter o grupo tão ocupado quanto ele pode.

"O problema com esta banda é que eles todos têm as suas próprias carreiras", diz ele, "para juntar todos no mesmo local ao mesmo tempo é um pouco complicado. Mas é um bom (projeto) para mim, porque se não estou em um projeto, o que é muito raro, posso sempre escrever coisas para a minha banda."

O grupo reúne-se em sete ou oito shows por ano, geralmente em datas ao ar livre na Suécia com uma pista de dança no local e as apresentações se estendem por várias horas.

"As pessoas dançam e ouvem a música", diz Andersson, "e isto é muito divertido."

"Nos velhos tempos com o ABBA ficávamos sentados juntos, nos reunindo com a guitarra e o piano, mas não tem sido assim desde Chess", diz Andersson.

"Hoje em dia eu escrevo a música e a envio para ele e, se ele sentir que há uma letra para ela, ele a escreve."

Por Gary Graff

Fonte: Business Daily

ABBA alcança a marca de 375 milhões de cópias vendidas!

Björn Ulvaeus e Benny Andersson receberam novos discos de ouro da Universal Music na última quarta-feira (28/04/2010), comemorando os 375 milhões de discos vendidos no mundo inteiro. Na foto com Björn e Benny estão Per Sundin da Universal Music, Görel Hanser e Mia Segolsson da Polar Music International.

Fonte: ABBA Intermezzo

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Globe and Mail, 2010: Björn ainda é um Super Trouper


Quando Judy Craymer pela primeira vez abordou Björn Ulvaeus sobre pegar suas clássicas composições e transformá-las em um musical, o co-fundador do ABBA recusou. Preocupado com tudo o que o show pudesse dizer sobre o famoso grupo sueco - que se separou em 1982 - Ulvaeus e o seu colaborador de longa data nas composições Benny Andersson só concordaram com a proposta de Craymer desde que ela lhe garantisse que a produção seria totalmente um musical.


Após o scrip ter sido reescrito várias vezes (por Catherine Johnson) o espetáculo finalmente estava pronto para estrear, e ele estreou com grande aclamação no dia 6 de abril de 1999 no prestigiado Prince Edward Theatre, na West End de Londres. Por telefone de sua casa em Estocolmo, Ulvaeus admite que estava como um aglomerado de nervos trêmulos naquela noite, pois ele não tinha certeza se o público apreciaria a despreocupada história de uma mãe solteira e de sua filha tentando encontrar o seu verdadeiro pai. Ele se preocupou em vão. Mamma Mia! já foi visto por mais de 40 milhões de pessoas no mundo inteiro e estreou rápido em mais cidades do que qualquer outro musical na história - e nesta semana o musical retorna a Toronto para uma temporada de cinco semanas.

O sueco de 65 anos falou ao The Globe sobre o encanto duradouro do espetáculo, sua amizade com os membros do ABBA (incluindo a ex-esposa Agnetha Faltskog), seu júbilo quando Meryl Streep aceitou protagonizar o filme e sua nova obsessão, seus três netos (incluindo um balbucio em segundo plano).

Então como o musical realmente aconteceu?
Judy entrou em contato comigo no final dos anos oitenta, mas com uma idéia para um programa de TV. Não era exatamente um musical. Não foi adiante. Judy então me apresentou a Catherine Johnson, que é sombria, engraçada, inteligente e espirituosa - e eu a achei perfeita para escrever um musical. Benny e eu demos as regras básicas: não poderiam haver alterações na letra ou na música. E claro que se em algum momento eu sentisse que não estava bom o suficiente, ou que o catálogo de canções do grupo fosse prejudicado de alguma forma, eu desligaria a tomada. Mas acabou sendo muito divertido. O fato é que aquele pequeno musical - que todos nós achávamos que teria uma temporada curta - chegou onde está agora, bem, isso é absolutamente incrível.

A produção londrina está agora no seu 11º ano. Na Broadway já são nove anos. E ele está retornando para Toronto, onde já arrecadou mais de 170 milhões de dólares e foi visto por mais de três milhões de pessoas. Qual é o encanto do "Mamma Mia!"?
A afinação certa. A maioria dos musicais dos anos 80 eram bastante melancólicos, como "Os Miseráveis" e "O Fantasma da Ópera". Este foi leve e divertido, vivo e feliz. Além disso o público sabia todas as músicas. Mas na maior parte eu acho que é por causa da história. Ouvi dizer que os críticos julgaram Mamma Mia! como simplista. Mas isso é estúpido, porque é uma grande história para essas canções.

Descreva a noite de estréia em Londres.
A primeira vez que assisti com um público foi na pré-estréia, e nenhum de nós sabia o que esperar. Nós tínhamos dado muitas entrevistas, explicando que não era um musical sobre o ABBA. Mas aposto que a metade da platéia ainda achava que era. Fiquei observando as pessoas na multidão e no início eles não sabiam o que diabos era aquilo. Você pode imaginar a confusão e eu estava muito preocupado. Em seguida, após cerca de cinco ou 10 minutos, eu podia ver que as pessoas começaram a sorrir. E eu nunca vou esquecer esse momento, porque foi um alívio muito grande.

Você e Benny tiveram alguma influência na escolha dos atores para o filme. Você achava que Meryl Streep pegaria a isca?
Nós sabíamos que ela gostava porque ela escreveu uma longa carta nos dizendo o quanto ela amava (o musical). Originalmente, as três dínamos seriam mais jovens, como no musical. Então alguém teve a brilhante idéia de torná-las mais velhas. E o sonho, então, é claro, era a Meryl. Nós sabíamos que ela poderia cantar. Então perguntamos a ela. E ela disse que sim, apenas isso. Isto foi muito corajoso da parte dela. E nós estávamos além da lua.

Pierce Brosnan foi criticado pela sua voz. Você acha que foi merecido?
Benny e eu achamos que Pierce tem uma voz quente e interessante. Muito popular. Nós realmente gostamos da sua voz. Eu não entendo muito bem quando as pessoas dizem que ele é um cantor horrível. Nós não pensamos assim.

Você ainda vê o restante da banda?
Bem, Benny e eu somos melhores amigos e nos vemos pelo menos uma vez por semana. Netta (Fältskog) e eu temos três netos temos três netos juntos, então eu também a vejo bastante em aniversários, Natal, etc. Frida (Anni-Frid Lyngstad) viaja muitas vezes para Estocolmo e ficamos juntos. Então todos nós ainda somos bons amigos. Quando a banda se separou foi porque sentimos que não tínhamos mais a mesma energia.

Há alguma verdade sobre uma reunião?
Nenhuma. Há sempre rumores sobre isso.

Algum arrependimento?
Coisas pessoais, definitivamente, que eu não gostaria de mencionar. Quando se trata da minha carreira no ramo do entretenimento, não. Sou incrivelmente bem sucedido. Depois da separação do ABBA, eu pensei que nós estávamos acabados. Estar aqui, agora - eu ainda me pergunto, como isso aconteceu? - Minha vida está completa. Meus netos estão todos aqui agora, pulando ao meu redor. E o que está fazendo barulho é o segundo mais novo e ele tem um bom par de pulmões.

Mamma Mia! retornará ao Toronto’s Princess of Wales Theatre em 28 de abril e vai até 27 de junho.

Por Gayle MacDonald

(Traduzido a partir de matéria publicada no site Globe and Mail em 26/04/2010)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Made in Suécia: o paraíso pop do ABBA


O grupo sueco ABBA vendeu mais de 350 milhões de discos e esse número cresce até 3 milhões por ano, embora a banda tenha terminado em 1982. O mesmo sucesso teve Mamma Mia!, espetáculo musical baseado nas canções do grupo. Desde a estréia em Londres, em 1999, arrecadou mais de 1 bilhão de dólares e é hoje a produção com mais versões em cartaz pelo mundo. O mesmo sucesso obteve a versão para o cinema, estrelada por Meryl Streep em 2008.

E os sinais da popularidade do ABBA parecem só aumentar: em março deste ano, o grupo foi empossado no Rock and Roll Hall of Fame, honra concedida apenas aos grandes do mundo da música.

Nos anos 90 foram lançadas diversas coletâneas do grupo, que arrebataram vendas abundantes e uma série de homenagens. Bono Vox, Madonna, Kurt Cobain, todos admitiram seu amor pela banda. Biografias foram lançadas e relançadas na Europa. Mas um livro sobre o ABBA em português é algo totalmente inédito. E foi justamente esta a façanha do jornalista Daniel Couri. Ele passou dez anos pesquisando sobre o ABBA, o que resultou no livro Made in Suécia: o paraíso pop do ABBA, da Editora Página Nova, lançado em 2008.

Daniel tornou-se admirador do grupo ainda na adolescência, em meados dos anos 90. Notou então que a mídia brasileira, ao contrário do resto do mundo, não fazia jus ao imenso sucesso do grupo. Com isso, acabou se interessando pela cultura da Suécia, pelo processo de composição das músicas e pela riqueza artística do quarteto (letras, melodias, método de trabalho, influências, perfeccionismo).

No mesmo ano em que lançou o livro, Daniel participou de um jantar de gala na Embaixada da Suécia, em Brasília, realizado em parceria com a Câmara de Comércio, o Conselho de Exportação, o Instituto Sueco, o Governo do Distrito Federal e o World Childhood Foundation Brasil. Na ocasião, o livro foi divulgado e reconhecido pela Embaixada.

“O jornalista Daniel Couri fez uma biografia de texto leve e fluente, repleta de informações e com detalhes minuciosos sobre cada disco, cada música e também sobre a vida pessoal dos integrantes, sem cair no sensacionalismo”. (Revista Rolling Stone)

“Uma obra compacta, mas de padrão internacional”. (Revista Rolling Stone)

“São 183 saborosas páginas, coalhadas de vasto material informativo. Vale figurar em qualquer biblioteca musical” (Blog Acordes).

Made in Suécia – O paraíso pop do ABBA
Daniel Couri
Editora Página Nova
http://www.paginanova.com.br/abba/livro.htm

segunda-feira, 26 de abril de 2010

ABBA em espanhol


Quando se fala sobre a incrível história de sucessos do ABBA, pensamos logo na Grã-Bretanha, Austrália e no norte do continente europeu. É fácil esquecer, por exemplo, a longa e frutífera relação do ABBA com a Espanha e a América Latina, que se estende aos primórdios do grupo. Com exceção do inglês, o ABBA gravou mais músicas em espanhol do que em qualquer outro idioma - incluindo o seu nativo sueco.

As primeiras ligações do grupo com a língua espanhola têm um tom misterioso para eles. Em 1973, o grupo gravou a música "Ring Ring" em sueco e inglês: ambas as versões foram grandes sucessos na Suécia. Com o objetivo de facilitar um avanço em alguns outros países, o ABBA também gravou a canção em outros dois idiomas: alemão e espanhol. A versão em alemão foi lançada posteriormente como single - mas a versão em espanhol estava destinada a definhar nos arquivos por duas décadas. Pelo menos, este parece ser o caso, pois até o momento ninguém foi capaz de confirmar se a versão em espanhol de "Ring Ring" foi lançada na época. O mistério é agravado mais ainda pelo fato de que em uma entrevista publicada em 1974, Agnetha foi citada como tendo dito que a versão em espanhol da canção "vendeu muito bem". Provavelmente isto foi algum tipo de mal-entendido, pois parece que a primeira vez em que o público em geral ouviu falar de “Ring Ring" em espanhol foi quando ela foi lançada em 1994 na coletânea "Más Oro".

Em abril de 1974 o ABBA alcançou o sucesso internacional com "Waterloo"', e novamente a canção foi gravada em vários idiomas diferentes: sueco, inglês, alemão e francês. Essas versões foram lançadas como singles em territórios convenientes. Mas "Waterloo" foi também gravada em espanhol? Bem, esse certamente era o plano, de acordo com reportagens de jornais da época. Em maio de 1974, o ABBA visitou a Espanha para fazer alguma promoção, e foi dito que eles gravariam uma versão em espanhol do seu atual sucesso enquanto eles estavam no país. Mas nenhuma gravação parece existir. Ou talvez tenha sido gravada mas nunca lançada, definhando ainda no arquivo de alguma gravadora na Espanha. Ninguém parece saber ao certo...

O que é certo porém é que durante a sua visita espanhola em maio de 1974, o ABBA gravou uma aparição no programa de televisão Señoras y Señores. Embora filmada e transmitida em preto e branco, hoje ela é classificada como uma das mais hilariantes apresentações de televisão já feitas pelo ABBA. Os produtores do programa certamente tinham algumas idéias muito criativas para apresentar o grupo. No programa, o ABBA apresentou "Ring Ring", "Honey, Honey", "Hasta Mañana" e "Waterloo". Hoje, a apresentação de "Hasta Mañana" está disponível no dvd incluído no disco duplo lançado em abril de 2004 comemorando o 30º aniversário de Waterloo.

Após este igualmente ilustre a misterioso início da relação entre o ABBA, a Espanha e a língua espanhola, tudo ficou relativamente calmo nos próximos anos. Depois de "Waterloo”, o ABBA parou de gravar músicas em outros idiomas além do inglês, e como seu sucesso explodiu no cenário mundial, eles tinham as mãos cheias com a gravação de novas músicas, escolhendo limitar ao mínimo suas visitas promocionais para outros países. Talvez em parte como resultado da sua ausência pessoal, o sucesso do ABBA na Espanha foi bastante modesto nos quatro anos seguintes. O grupo, lançando seus discos pelo selo CBS, pertencente à Carnaby, conquistou o Top 3 com "Fernando", entrou no Top 10 com "Dancing Queen" e alcançou o Top 20 com "Knowing Me, Knowing You", mas seus outros singles ficaram fora das paradas de vendas. Da mesma forma, seus álbuns tiveram muito pouco impacto.

Esta tendência negativa mudou drasticamente em 1979. Esse foi o ano em que a RCA Records, a gravadora do ABBA na maior parte da América do Sul, sugeriu que o grupo iria atingir muito sucesso nessa parte do mundo se eles gravassem um dos seus sucessos recentes em espanhol. A sugestão veio de Buddy McCluskey, um funcionário da RCA Records na Argentina. "Chiquitita'”, o primeiro sucesso do ABBA de 1979, fornecia a oportunidade perfeita: afinal, ela tinha uma atmosfera hispânica tanto nos arranjos quanto no título. Em colaboração com sua esposa, Mary, McCluskey reuniu as letras em espanhol de "Chiquitita" e esta versão foi lançada como single na Argentina em abril de 1979. Ela invadiu as paradas, atingindo a primeira posição, enquanto a versão em inglês foi puxada pelo entusiasmo e alcançou o sétimo lugar. Em poucos meses, a "Chiquitita" espanhola vendeu meio milhão de cópias somente na Argentina e é conhecida por ser o maior sucesso da América do Sul em 25 anos. Com relativamente pouco esforço, o ABBA havia passado de uma não-individualidade virtual para um acontecimento quente no mundo de língua espanhola.

Em combinação com este sucesso, no final de maio de 1979 o ABBA fez sua primeira visita à Espanha em cinco anos. O grupo apareceu na televisão nos programas 300 Millones e Aplauso, apresentando a versão em espanhol de "Chiquitita" junto com canções do seu álbum atual, “Voulez-Vous”. Poucos meses depois, o grupo provou que o seu recém-encontrado sucesso espanhol não foi por acaso, lançando "Estoy Soñando" - uma versão em espanhol de "I Have a Dream" - como o próximo single e alcançando outro grande sucesso.

Com este sucesso consolidado, a idéia que surgiu foi lançar um álbum inteiro de versões em espanhol de músicas do ABBA. Em janeiro de 1980, enquanto Björn e Benny estavam em uma viagem a Barbados para compor, Agnetha, Frida e engenheiro de som Michael B. Tretow permaneceram em Estocolmo trabalhando no álbum. A jornalista espanhola radicada na Suécia Ana Martinez del Valle foi chamada para ajudar na pronúncia. Na primavera de 1980, o álbum de canções em espanhol do ABBA foi finalmente lançado com o título "Gracias Por La Música" (Thank You For The Music). Os títulos selecionados foram principalmente as canções que carregavam um sabor espanhol/latino - "Hasta Mañana", "Fernando" e "Move On" - assim como alguns dos sucessos mais conhecidos do ABBA.

Gracias Por La Música foi um empreendimento de grande sucesso, alcançando o Top 5 tanto na Espanha quanto na Argentina - o mercado mais importante da América do Sul - e mesmo nas paradas do Japão. Juntamente ao lançamento do álbum o ABBA fez sua segunda aparição no programa Aplauso, embora desta vez a equipe de produção espanhola tenha ido a Estocolmo para filmar a entrevista. As canções que o grupo apresentou - "Conociéndome, Conociéndote" e "Gracias por la música"'- também foram pré-gravadas em um estúdio de Estocolmo.

O ABBA e seus colaboradores certamente sabiam que seriam proveitosas suas gravações em espanhol nos seus esforços de se estabelecerem na América do Sul. Portanto, nesse mercado seus últimos dois álbuns de estúdio foram lançados com duas faixas em espanhol, deixando as versões correspondentes em inglês fora de cada álbum. Em "Super Trouper" as músicas eram "Andante, Andante" e "Happy New Year" (esta última traduzida como Felicidad), e em "The Visitors", as faixas selecionadas foram "When All Is Said And Done" (No hay a quien culpar) e "Slipping Through My Fingers" (Se me está escapando). Como um grupo o ABBA nunca mais apresentou qualquer música especialmente para a televisão espanhola novamente, optando por filmar clipes promocionais para "Felicidad" e "No hay a quien culpar". Mas no final de 1981 eles foram entrevistados em Estocolmo para o programa de televisão argentina Monica y Andres - La Carta Indiscreta. A última entrevista do ABBA para o público de língua espanhola aconteceu em fevereiro de 1982 e foi feita para o programa Aplauso.

Mais tarde, em 1982, os membros do ABBA fizeram suas últimas gravações juntos, e depois seguiram caminhos separados. Como sua presença foi reduzida em todo o mundo, sua visibilidade na Espanha e América do Sul decresceu também. Mas no início de 1990, com o revival do ABBA iniciado, as gravações em espanhol do grupo foram redescobertas e lançadas na coletânea “ABBA Oro - Grandes Exitos”, inicialmente contendo apenas as dez músicas do álbum “Gracias Por La Música”. As cinco gravações restantes conhecidas ("Ring Ring", mais as duas músicas do Super Trouper e as duas faixas do The Visitors) foram lançadas em cd na coletânea seguinte “Más Oro”. Hoje, porém, todas as 15 faixas estão disponíveis na edição ampliada do “ABBA Oro”, lançada em 1999, e agora também no box “The Complete Studio Recordings”, lançado em 2005.

***

(Fonte: ABBAsite)

sábado, 24 de abril de 2010

Parabéns, Björn!


Amanhã, dia 25 de abril de 2010, Björn Ulvaeus completará 65 anos de vida, talento e sucesso. Muita paz e alegria é o que nós, os fãs brasileiros, lhe desejamos hoje e sempre. Felicidades!!!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Voulez-Vous Deluxe Edition - Trailer


Lançamento: 31 de Maio de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Blick, 2010: "Frida em Zermatt e a MTV: Não gosto dessa confusão sexualizada."


Anni-Frid Lyngstad (64) concede poucas entrevistas, mas para este domingo ela fez uma exceção. A lenda do ABBA explica o seu amor por Zermatt e porque não vê muito a MTV.

Anni-Frid Lyngstad, Princesa Reuss de Plauen, como devo chamá-la? Sua Alteza, Sra. Lyngstad ou simplesmente Frida?
Oh, por favor - deixe as formalidades! Basta me chamar de Frida.

Bom: Frida! Eles assumiram o patrocínio do festival "Zermatt Unplugged". Por que?
Então, eu estou envolvida no negócio da música, mas eu posso relaxar e não fazer muita coisa. O patrocínio é uma grande honra, e pra ser honesta eu me sinto de alguma forma mais jovem.

Você consegue lembrar de sua primeira visita à Zermatt?
Claro que sim! 1976 - Eu vim aqui com meu então marido Benny Andersson para visitar amigos. Eu imediatamente me apaixonei por Zermatt. Naquela época foi também a primeira vez que eu esquiei.

Do que você mais gosta neste resort de montanha?
Tudo. De certa forma, me tornei parte da sociedade de Zermatt. Eu encontrei muitos amigos que me acolheram em suas famílias. Isto é maravilhoso! Conforme você envelhece e encontra um lar, passa a amá-lo ainda mais.

Lá você também passou dias tristes. Com a morte do seu marido, o Príncipe Heinrich von Plauen Ruzzo Reuss em 1999, de câncer, você voltou para Zermatt.
Esta é uma história muito pessoal. Quando meu marido morreu já era proprietário de uma casa aqui. Eu não sei como eu poderia superar a sua morte sem Zermatt e as montanhas. Elas deram-me força, coragem e esperança. Sinto uma profunda ligação, esta aldeia significa muito para mim.

A grandiosidade das montanhas lhe ajudaram a atravessar as dificuldades...
Sim, isso realmente ajuda a superar uma situação terrível quando você está conectado com a natureza.

Como é um dia típico quando você está em Zermatt?
Você não queira saber! Minha vida é muito comum - caminhada, esqui, pagar as contas. Devo confessar que me tornei preguiçosa. Zermatt é muito nativa. Hoje eu tenho muito tempo para pela primeira vez, "me vestir adequadamente". Caso contrário, andaria em calças de caminhada ou material de esqui.

É incômodo pra você falar do ABBA de vez em quando?
O ABBA nunca acabou, de alguma forma ainda estamos aqui. Estou muito, muito orgulhosa de ser membro do ABBA. Eu nunca vou me livrar dele.

Sua canção favorita do ABBA?
Pergunta difícil! Eu gosto muito de "Dancing Queen". Em muitos aspectos é uma canção brilhante. E "The Winner Takes It All" também - mas é difícil para eu definir.

Que tipo de música você escuta em particular?
Às vezes eu assisto MTV para me atualizar. Eu gosto, mas não dessa confusão sexualizada. Como diz o ditado: "Esta não é a minha xícara de chá". Eu não acho que seja por causa da minha idade, mas porque não gosto e nunca gostei!

Mas da música em si você gosta?
Existem boas melodias. Especialmente no gênero Rhythm & Blues e Hip-Hop: este é o meu ritmo, a minha batida. Muitas vezes ouço jazz - a música que eu também ouvia quando era uma jovem mulher. Talvez eu devesse ouvir mais músicas atuais. Hmm, eu não sei...

Por Kaye Anthon

(Traduzido livremente do alemão a partir de matéria publicada no site suíço Blick em 18/04/2010)

sábado, 17 de abril de 2010

Frida na coletiva de imprensa do Zermatt Unplugged


Na terça-feira, dia 13 de abril, Frida esteve presente na coletiva de imprensa do festival musical "Zermatt Unplugged". Também estiveram presentes o amigo e músico Jon Lord e o cantor americano Lionel Richie.

Confiram as fotos:




Fonte: Abbaannual

Björn e Benny no musical Kristina: "Chances de retorno do ABBA são zero!"


No último dia 14, Benny Andersson e Björn Ulvaeus compareceram à apresentação da versão em inglês do musical "Kristina", no Albert Hall de Londres. Após a apresentação, segundo o The London Evening Standard, Benny Andersson voltou atrás em relação à declaração relativa a um suposto retorno da banda para uma performance exclusiva para convidados que seria gravada e transmitida pela TV, declaração que há algumas semanas alvoroçou fãs do mundo inteiro e que logo foi desmentida pela agente da banda, Görel Hanser.

Segundo Benny, "Foi um mal-entendido. Provavelmente culpa minha. Se você vem e nos diz: 'Veja, eu tenho uma boa idéia, porque vocês não começam a velha banda de novo?' Eu apenas disse, 'Sim, que grande idéia.' Foi uma ironia. Eu não quis perturbar as pessoas. As chances de uma reunião são zero."



Fonte: Abbaannual e Icethesite
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