quarta-feira, 3 de outubro de 2012

ABBA The Museum


ABBAWORLD, a exposição itinerante sobre o ABBA, ganhará um lar permanente a partir do próximo ano. O novo museu dedicado ao quarteto sueco terá sede fixa em Estocolmo, onde Björn Ulvaeus participou de uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 03/10.


Björn na coletiva de imprensa hoje (Crédito da foto: Kris Boswell/Sveriges Radio)

(Crédito da foto: Kris Boswell/Sveriges Radio)

Durante a entrevista, ele disse que “ABBA The Museum” será parte do Hall da Fama dedicado à música sueca, a ser inaugurado em Estocolmo no primeiro semestre do ano que vem. Há muito tempo a capital da Suécia era considerada para a construção de uma área dedicada ao ABBA, mas os planos haviam esbarrado em burocracia e outros problemas. 

Após alguns anos de espera, o Hall da Fama está finalmente em construção na ilha de Djugården, onde ficam vários outros museus. ABBA The Museum terá peças do figurino do ABBA, instrumentos e muitos outros acessórios em exibição no ABBAWORLD, que já passou por vários países europeus e pela Austrália entre 2009 e 2011.


Nos bastidores, Mattias Hansson – diretor administrativo do ABBA The Museum – é o encarregado de garantir a instalação e funcionamento do museu. "A música pop sueca é parte importante da nossa herança cultural. E o ABBA é um dos maiores nomes do nosso país, conhecido internacionalmente. É nosso dever dedicar um espaço permanente ao trabalho deles aqui."

(Crédito da foto: HENRIK MONTGOMERY/ SCANPIX / REUTERS)
Para incrementar a mostra, Björn disse que os membros do ABBA limparam os armários, tirando figurinos que estavam há décadas no fundo dos baús, como botas de salto plataforma e outras roupas muito brilhantes. "Uma das peças que lembro muito claramente era uma espécie de collant do Super-Homem com uma capa", disse ele. "Me deixa até enjoado quando vejo".

Ele afirmou que espera reunir os quatro membros da banda no lançamento da atração, prevista para abril ou maio do ano que vem. Mas negou, pela milésima vez, qualquer chance de voltar aos palcos com os colegas. "Somos o único grupo desta magnitude que nunca se reuniu. Achamos isso bacana. É uma das forças do ABBA: você lembra daqueles jovens enérgicos e ambiciosos nos anos 1970 em vez de velhinhos que se sentem compelidos a levantar da cadeira e tocar o tempo todo."

Sempre elegante, mas sem perder a firmeza, Björn reiterou: "Desfizemos a banda enquanto estávamos no topo. E quando paramos, foi para dar um tempo e fazer outras coisas. A ideia era nos reunirmos novamente após um ou dois anos. Mas isso acabou nunca acontecendo."


No entanto, a música do ABBA continua vivíssima, com milhões de álbuns vendidos a cada ano e, é claro, o permanente sucesso do musical Mamma Mia! mundo afora. "Hesitei em virar peça de museu antes de minha morte, mas agora entendo que criamos muita coisa e que é uma história como a da Cinderela, que vale a pena contar", comentou ele. "E tudo foi aprovado pelos quatro integrantes do grupo."

Algumas das empresas mais proeminentes do mercado estão por trás do projeto, como Parks and Resorts (Gröna Lund), Universal Music, Polar Music, MasterCard, Stockholm Arlanda Airport, Viking Line etc. Outras parcerias também estão por vir.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

ABBA Gold é o CD mais vendido da Inglaterra


Confirmado ontem: coletânea ABBA Gold é o CD mais vendido de todos os tempos na Inglaterra, de acordo com a Official Charts Company (OCC), responsável por compilar várias tabelas musicais oficiais do Reino Unido.


No aniversário de 30 anos do formato compact disc, a notícia agradou não apenas aos fãs ingleses do ABBA, mas também do mundo todo. O CD ABBA Gold vendeu 4 milhões de cópias desde que foi lançado em 1992, enquanto o 21 (2011) de Adele ocupa a segunda posição da lista, com 3,5 milhões, e What's The Story Morning Glory? (1995), do Oasis, ficou em terceiro, com 3,4 milhões.

As vendas de Gold foram turbinadas pelo musical Mamma Mia!, que também ganhou uma versão cinematográfica de sucesso, com Meryl Streep no papel principal.

Enquanto os populares downloads dão conta de vendas acima da média nos gêneros rock, urban e dance, o CD é ainda hoje formato musical preferido pela maioria esmagadora dos ouvintes de easy listening (79,7%), blues (78,2%) e música clássica (77,7%).


Geoff Taylor, diretor geral da BPI (British Phonographic Industry), que representa as gravadoras britânicas, afirmou: "O CD sinalizou um grande avanço para a tecnologia de som, tornando-se um dos mais bem sucedidos produtos da história comercial. Apreciadores de música adotaram sua qualidade e durabilidade sonoras, além da facilidade de acesso às faixas e do manuseio."

"Há muitos fãs de música na Inglaterra que valorizam o produto físico, querem possuir o CD e colecioná-lo", prossegue Taylor. "Estamos trabalhando com os varejistas para aprimorar o formato CD e acrescentar novos atributos que agradem ainda mais aos consumidores."

O ABBA, que já vendeu mais de 350 milhões de discos no mundo todo, continua vendendo mais de dois milhões de álbuns a cada ano. Ou seja: os fãs e colecionadores não precisam ter medo. O CD terá vida longa pela frente.


Fonte:


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ABBA na versão e-book, em português

A oferta total de e-books em português já ultrapassa a marca de 16 mil títulos diferentes. Parece pouco, mas o progresso é significativo: em apenas seis meses, foram colocados à venda mais de 5 mil novos e-books, quase 50% de tudo o que era oferecido até fevereiro de 2012. (*)


Meu livro Mamma Mia! (Panda Books, 2011) acaba de ganhar sua versão em e-book. Disponível em quatro lojas até o momento - Saraiva, Livraria Cultura, Gato Sabido e IBA (do Grupo Abril) - o livro traz a história de sucesso do musical Mamma Mia!, além de muitas curiosidades e da biografia do ABBA, como os frequentadores do blog já sabem.


Os defensores do e-book argumentam que ele sempre será mais barato (em torno de R$ 20) por não ter o custo de impressão. Mas nem todos concordam. “O livro digital é barato porque parte do preço é dividido com o título impresso”, diz Marcelo Duarte, jornalista e diretor-editorial da editora Panda Books, que tem 42 de seus 380 títulos em versão para iPad. (**)

Marcelo Duarte, da Panda Books, já digitalizou parte do seu catálogo, que conta com Mamma Mia!

Os links para Mamma Mia! em e-book são:






(*) Fonte: Simplíssimo
(**) Fonte: IstoÉ

sábado, 15 de setembro de 2012

Livros brasileiros sobre o ABBA


Este ano um fato raríssimo aconteceu no Brasil, no que diz respeito ao ABBA. Os admiradores brasileiros do grupo já estão acostumados à escassez de revistas, livros ou mesmo matérias dedicadas ao grupo, ao contrário do que ocorre na Europa. Mas eis que este segundo semestre surpreendeu os fãs brasileiros com duas publicações: o livro ABBA – O que há por trás de cada canção (Ed. Lafonte) e a revista ABBA – Quando a vida é uma festa! (Ed. Escala), ambas do grupo editorial Larousse. O livro é do inglês Robert Scott (pseudônimo do jornalista Chris Roberts), com tradução de Marcia Amorim. A revista é uma versão do mesmo livro, só muda o formato.


Foram pouquíssimas as revistas nacionais dedicadas ao ABBA. A extinta Somtrês, especializada em equipamentos de áudio e música em geral (foi a primeira revista do gênero no Brasil) lançou uma edição especial sobre o ABBA em 1983. Uma revista-pôster gigante, com muitas fotos do grupo, toda sua trajetória e discografia – dadas as limitações daquele tempo, claro. Mas foi um projeto ousado por se tratar de uma banda cuja biografia, naquela época, era quase desconhecida no Brasil.

Quase 20 anos depois uma obscura revista chamada DVD World lançou uma edição também dedicada ao ABBA. Com informações visivelmente transcritas de sites superficiais, texto pobre e diagramação primária, a publicação chamou a atenção não pelo conteúdo, mas por estampar o ABBA na capa, fato quase inédito no Brasil. A intenção aqui não é criticar a tal revista. Afinal, qualquer iniciativa de divulgar o ABBA para os brasileiros é bem-vinda, ainda que seja de forma amadorística.

De vez em quando aparece uma matéria aqui, outra ali. Todas bem genéricas e superficiais, salvo raras exceções. A imprensa no Brasil tem um certo receio de se aventurar pelo universo do ABBA por desconhecer a história do grupo e por preguiça de pesquisar. Um dos motivos que me fizeram escrever meu primeiro livro sobre o grupo, Made in Suécia – O paraíso pop do ABBA (Ed. Página Nova, 2008), foi justamente esse. Em pleno século 21, achava uma vergonha que nossos jornais e revistas ainda se referissem ao ABBA de maneira caricata. Confesso que fiquei espantando por ter sido o primeiro e único brasileiro – até o presente momento – a se interessar pelo registro, em língua portuguesa, da história do ABBA.

Não que outros não sejam capazes. Conheço pelo menos mais meia dúzia de fãs brasileiros do ABBA com conhecimento, interesse e material suficientes para escrever uma ótima biografia do grupo. Mas a falta de espaço em nosso mercado e as dificuldades e limitações de acesso a fontes confiáveis, além dos percalços financeiros, talvez tenham desestimulado outros antes de mim. E eu só consegui transformar meu sonho em realidade graças à confiança e ao apoio do Sandro Bier, responsável pela Editora Página Nova. E o sonho saiu do papel e foi parar nas livrarias.


Apesar do trabalho quase artesanal, posso dizer – sem falsa modéstia – que me orgulho muito desse livro. Ainda que o mercado brasileiro não demonstre interesse ávido por uma biografia do ABBA, Made in Suécia foi bem recebido e ganhou até elogios da revista Rolling Stone.

Há um ano, com meu segundo livro, Mamma Mia! (Panda Books, 2011), pude atualizar e lapidar ainda mais as informações sobre o grupo, desta vez dando também enfoque ao sucesso da peça e do filme Mamma Mia!. A aposta, dessa vez, veio do Marcelo Duarte, conhecido jornalista e fundador da Panda Books, também autor da série de livros O Guia dos Curiosos (com mais de 190 mil exemplares vendidos).

Voltemos agora ao assunto deste post: o lançamento de ABBA – O que há por trás de cada canção. É a primeira vez que um livro sobre o ABBA é traduzido para o português e lançado aqui no Brasil. Não podemos deixar de bater palmas. O curioso foi a escolha, pois este não é o melhor livro sobre o ABBA. Para começo de conversa, ele não conta “o que há por trás de cada canção”, como aparece escrito na capa. Trata-se, na verdade, da opinião pessoal do autor, Robert Scott, sobre cada canção. As críticas são separadas por álbum, todos em ordem cronológica.


Antes de começar sua análise de cada canção, Scott fornece um leve background sobre os integrantes do ABBA, o que ajuda a situar o leitor ainda não familiarizado com a história do grupo. Como em tantos outros livros que se proclamam autoridades em matéria de ABBA, neste também há imprecisões e factoides já batidos. A tradução, cheia de deslizes, também não ajuda. Percebe-se facilmente que tradutora não tinha familiaridade alguma com o ABBA. Os nomes de canções em sueco foram traduzidos para o inglês, o que não faz sentido, já que se trata de um livro traduzido para o português. Só para citar rapidamente dois exemplos, Utan dej (“Sem você”) ficou “Without you”. Som jag är (“Como eu sou”) foi escrita de forma totalmente errada: Sam Jar Ag. Entre parênteses apareceu a tradução para o inglês (“On my own”), que também não corresponde à tradução do nome original em sueco.

É até compreensível, já que a língua sueca é complicada e pouco – ou nada – conhecida por brasileiros. Senti isso na pele quando escrevi meus livros. Pode-se até passar por cima desses detalhes sem que isso prejudique a leitura, mas coisas que dizem respeito diretamente às letras e canções do ABBA em inglês não deveriam conter erros de tradução. Um exemplo: na parte que fala de Two for the price of one, aparece o texto: “Esta é a história de uma faxineira que coloca um anúncio nos classificados de romance de uma revista (...)”. De onde a tradutora brasileira tirou que foi uma faxineira que colocou o anúncio? A letra diz que foi uma moça, Alice Whiting, mas em momento algum diz que ela era uma faxineira (!). É melhor deixarmos de lado as confusões da tradução, antes que este post fique ainda mais longo.

Apesar da tentativa de injetar humor em seu texto, o autor não soa muito espontâneo ou convincente. De fato, o tom do livro oscila estranhamente entre o deboche e a bajulação. O fato de evitar um tom mais “sério” até seria louvável se não fosse por um certo descaso aparente. O leitor fica com a impressão de que Scott passou os olhos em alguns artigos sobre o ABBA, mas não se aprofundou em textos mais precisos, como os encartes de CDs, por exemplo.

Ele chega até mesmo a se contradizer em algumas passagens. Em determinado ponto, reconhece a prudência na decisão de Benny em parar de escrever letras para as canções, já que seu forte eram as melodias. Em outro trecho Scott condena Benny por letras que nem sequer haviam sido compostas por ele. (Como todos os fãs do ABBA sabem, Björn sempre teve mais facilidade para escrever letras, razão pela qual assumia essa função).


E para não dizer que não fiz nenhum elogio ao livro, tenho que dar o braço a torcer: há uma verdadeira enxurrada de fotos do ABBA, de várias fases. A maioria delas já é bem conhecida, mas o livro também traz algumas raras, todas coloridas. Esse, aliás, foi um percalço que encontrei em meus dois livros: o preço da aquisição de direito para uso das fotos é altíssimo, fato que obrigou a mim e aos editores um número pequeno de fotos. No primeiro livro, consegui a colaboração de fãs que me cederam suas fotos originais. No segundo, algumas foram compradas e outras foram tiradas do meu próprio acervo. Em compensação, me aprofundei na pesquisa para contar a história do ABBA da forma mais fiel possível.

Pelo menos em matéria de fotos do ABBA, os fãs brasileiros não podem reclamar nem do livro e nem da revista. Ambos são riquíssimos nesse sentido. Mas a pergunta continua martelando em minha cabeça: se era para traduzir um livro sobre o ABBA, por que não escolheram um do Carl Magnus Palm? Sem sombra de dúvida ele pode ser considerado o biógrafo oficial do ABBA.


Infelizmente os livros de Palm nunca foram traduzidos para a língua portuguesa. Ele escreveu verdadeiras “bíblias” sobre o grupo, entre elas The Complete Recording Sessions (1994), Bright Lights, Dark Shadows (2001) e The Complete Guide to Their Music (2005), só para citar alguns. John Tobler também fez um excelente trabalho com ABBA Gold  The Complete Story (1993). Talvez porque esses livros, por serem impecáveis e muito completos, exigiriam não apenas uma tradução esmerada mas um trabalho de pesquisa detalhado e demorado.

O livro de Scott, por outro lado, não tem o compromisso de ser uma biografia 100% confiável e exata. Talvez por esse motivo a Editora Lafonte o tenha escolhido. Uma última curiosidade: pouco antes de lançar meu livro Mamma Mia! no ano passado, meu editor da Panda Books me enviou o livro de Scott para que eu desse uma lida e visse se havia algo de interessante ou relevante. Era o exemplar em inglês, pois essa edição brasileira ainda não havia sido lançada. Vi que o livro era de 2003, mas fora relançado em 2009 com outra capa, pegando carona no sucesso do filme Mamma Mia! Achei uma tremenda coincidência que tenham lançado essa edição em português justamente agora, um ano depois. O detalhe é que o enorme título original ABBA Thank you for the music – The stories behind every song foi encurtado em português, perdendo o Thank you for the music. Já a versão nacional em formato de revista recebeu o pouco apropriado título de ABBA – Quando a vida é uma festa! Seja como for, quem fez a festa foram os fãs brasileiros, que sentiram o gostinho de ver uma revista sobre o ABBA nas bancas, ainda que ela só tenha sido lançada em um número bem limitado de cidades.


Abaixo, os dados sobre a edição brasileira e as duas originais em inglês:

ABBA – O que há por trás de cada canção
Robert Scott
Lafonte-Larousse, 2012
242 páginas

ABBA Thank You for the Music - The stories behind every song
Robert Scott
Carlton Books, 2003

ABBA Thank You for the Music - The stories behind every song
(Includes all the songs from the hit movie Mamma Mia!) 
Robert Scott
Carlton Books, 2009

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Mais um lançamento de luxo este ano: 'ABBA' (1975)


Depois do recente lançamento de The Visitors Deluxe, no primeiro semestre deste ano, uma agradável surpresa entusiasmou os fãs do ABBA: o lançamento, marcado para novembro, de ABBA (1975) Deluxe. Ainda que em matéria de canções o CD não traga nada que o público já não conheça, o DVD que acompanha a edição traz verdadeiras pérolas, como o especial de TV ABBA In Australia, de 1976.


O primeiro disco do pacote traz as faixas originais do álbum de 1975 e mais três bônus, todas remasterizadas especialmente para essa edição. O segundo disco é um DVD e traz 60 minutos de apresentações na TV nunca lançadas anteriormente em vídeo ou DVD. Isso inclui o já mencionado especial de 1976 ABBA In Australia completo, também conhecido como The Best Of ABBA – o famoso programa que atraiu, na Austrália, audiência maior que a chegada do homem à lua, em 1969.

Metade das 12 músicas do especial são performances das faixas do álbum ABBA. Para completar o rico material do DVD, há três canções do especial de TV Made In Sweden – For Export (1975), juntamente com duas apresentações resgatadas dos arquivos da BBC: S.O.S. no Seaside Special, que foi ao ar em 1975, e Mamma Mia no Top Of The Pops (1976). Para fechar com chave de ouro, dois raros comerciais de TV antigos: um da coletânea australiana The Best Of ABBA e outro do LP Greatest Hits.

O pacote ainda inclui um livrete de 24 páginas com um texto que esmiúça todo o processo de criação, composição e gravação do álbum ABBA. Benny e Björn colaboraram com histórias dos bastidores e curiosidades exclusivas.



ABBA – DELUXE EDITION

DISC 01: CD

1.  Mamma Mia

2.  Hey, Hey Helen

3.  Tropical Loveland

4.  SOS

5.  Man In The Middle

6.  Bang-A-Boomerang

7.  I Do, I Do, I Do, I Do, I Do

8.  Rock Me

9.  Intermezzo no 1

10.  I’ve Been Waiting For You

11.  So Long

Bonus Tracks:

12.  Crazy World

13.  Medley: Pick A Bale Of Cotton – On Top Of Old Smokey – Midnight Special

14.  Mamma Mia (Spanish Version)


DISC 02: DVD

1. ABBA In Australia (Television Special):

Mamma Mia

Hasta Mañana

Ring Ring

Tropical Loveland

Waterloo

I Do, I Do, I Do, I Do, I Do

Rock me

Dancing Queen

Honey, Honey

Fernando

So Long

SOS

2. Made In Sweden – For Export (SVT)

Mamma Mia

I Do, I Do, I Do, I Do, I Do

So Long

3. SOS (Seaside Special, BBC)

4. Mamma Mia (Top Of The Pops, BBC)

5. The Best Of ABBA, TV Commercial

6. Greatest Hits, TV Commercial

7. International Sleeve Gallery

terça-feira, 19 de junho de 2012

RCA e alguns LPs brasileiros do ABBA


É curioso notar como a ideia de canção de sucesso varia de um país para o outro. O que vira hit em um país pode ser um fracasso em outro e vice-versa. Por exemplo, o compacto So Long, lançado em novembro de 1974, conseguiu sucesso na Suécia, Áustria e Alemanha Ocidental, mas afundou na Inglaterra. No caso de Rock Me, a faixa foi o lado B do compacto I Do, I Do, I Do, I Do, I Do. Nenhuma das duas causou impacto nas paradas britânicas. Aliás, muito pelo contrário. Já na Austrália Rock Me cativou tanto o público que virou o lado A do compacto.

Compacto duplo lançado no Brasil em 1975
Normalmente, com o amadurecimento musical de um grupo, passa a existir uma espécie de homogeneidade em relação ao sucesso. Canções como Dancing Queen e The Winner Takes It All, por exemplo, foram sucessos inegáveis no mundo todo. O ABBA já tinha uma 'marca', ou seja, já era possível ter uma ideia do que seria hit ao redor do mundo e não apenas em determinadas regiões.

Mas antes de 1976 o grupo ainda não havia encontrado uma identidade e as canções eram irregulares, assim como o impacto que causavam em diferentes países. Os dois primeiros álbuns do ABBA – Ring Ring e Waterloo – não estavam exatamente recheados de hits. Além das faixas-título (de bastante sucesso), poucas canções dessa fase atingiram um grande sucesso mundial de fato.

Quando canções como S.O.S. e Mamma Mia explodiram, no final de 1975, o público e a crítica começaram a levar o ABBA a sério. Logo em seguida veio Fernando, que confirmou o sucesso do quarteto e consolidou a carreira do grupo. E foi justamente nessa fase que o Brasil passou a prestar atenção ao ABBA. Até o início de 1976, os compactos lançados por aqui foram Ring Ring/Rock 'N' Roll Band (1973) e Waterloo/Honey Honey (1974). O nome 'ABBA' ainda era totalmente desconhecido, apesar de já ter aparecido no compacto Waterloo. Até então nenhum álbum do grupo havia sido lançado aqui.


Mas a RCA (selo responsável pelos lançamentos do ABBA no Brasil) não pôde mais ficar indiferente após o sucesso de Fernando mundo afora. Tratou de reparar o lapso da falta de LPs e lançou o álbum ABBA (1975) na primeira metade de 1976, na esteira do sucesso de Fernando (inclusive da versão em português de Perla).

Compacto duplo lançado no Brasil em 1976
O álbum ABBA foi lançado aqui no Brasil com a mesma capa da edição original, mas com listagem de músicas e contracapa diferentes. A foto da frente mostrava o quarteto tomando champagne dentro de uma limusine cercada de fãs. A contracapa mostrava o grupo no saguão do Castle Hotel, em Estocolmo. Na edição brasileira da RCA, essa foto foi cortada em cima e embaixo, ficando retangular.


Contracapa da edição brasileira (1976)
Contracapa da edição original (1975)
Nessa época o LP Greatest Hits estava sendo lançado com enorme sucesso na Europa, Austrália e América do Norte. O Brasil, que até aquela altura não tinha nenhum álbum do ABBA, ficou de fora. Obviamente não fazia sentido lançar um "Greatest Hits" de um grupo ainda desconhecido e sem álbuns anteriores no Brasil.

Por isso, quando a RCA lançou o álbum ABBA aqui, o LP já saiu como uma coletânea. Mas como os dois álbums anteriores (Ring Ring e Waterloo) não tinham sido lançados aqui, o LP foi editado como um original. As canções Hey Hey Helen, Tropical Loveland, Man In The Middle, Rock Me, Intermezzo No.1 e I’ve Been Waiting For You ficaram de fora, dando lugar a Fernando, Waterloo, Ring Ring, Hasta Mañana, Nina, Pretty Ballerina, Dance (While The Music Still Goes On), People Need Love, Honey Honey e Another Town, Another Train.

A partir de Arrival, no ano seguinte, os discos originais do ABBA passaram a ser lançados normalmente no Brasil. No entanto, quando Greatest Hits Vol. 2 foi lançado internacionalmente, em 1979, o Brasil – que não teve o primeiro Greatest Hits – não podia lançar o segundo. Como ter o Volume 2 se não houve aqui um Volume 1? O que aconteceu foi que a RCA, em 1980, fez outra de suas adaptações brasileiras e lançou o álbum Greatest Hits com a mesma capa do Greatest Hits Vol. 2, porém listagem de músicas diferentes. O LP brasileiro trouxe duas faixas a menos, e as canções I Wonder (Departure), Rock Me e Angeleyes foram excluídas, dando lugar a I Have A Dream, que não consta na coletânea original mas havia se tornado muito popular no Brasil.

Capa da edição brasileira (1980)
Contracapa da edição brasileira (1980)
Capa da edição original (1979)
Contracapa da edição original (1979)
Questões mercadológicas à parte, o tempo fez com que essas edições brasileiras se tornassem cobiçados itens de colecionadores de LPs entre os fãs do ABBA, principalmente fora do Brasil, pela raridade que representam hoje.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Agnetha prestigia a cultura em festa de gala


Agnetha compareceu mais uma vez à cerimônia de gala do prêmio "Marianne and Sigvard Bernadotte Arts Fund", que aconteceu ontem, no jardim de inverno do Grand Hôtel, em Estocolmo. A Condessa Marianne Bernadotte af Wisborg, viúva do Conde Sigvard (1907-2002), teve seu trabalho no campo das artes homenageado por vários convidados da realeza européia.

(Em 2009 Agnetha já havia participado da cerimônia. Relembre aqui)

A Fundação Marianne & Sigvard Bernadotte completa este ano seu trigésimo aniversário. Foi criada em 1982, no aniversário de 75 anos do Conde Sigvard. Desde então a fundação premia, anualmente, jovens artistas no campo das artes (teatro, design, pintura e música). A instituição promove a cultura - paixão da Condessa Marianne - por meio de bolsas de estudo concedidas aos jovens artistas.

Condessa Marianne

Confira algumas fotos tiradas ontem, antes e durante a cerimônia:

Agnetha com Hans Hjelmqvist


Agnetha com a cantora sueca Carola (vencedora do Eurovision de 1991)
Agnetha com o jornalista Roger Lundgren

Obrigado Lex Corbach e David McKenzie pelas fotos! ;-)

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Donna Summer (31/12/1948 - 17/05/2012)

LaDonna Adrian Gaines - conhecida internacionalmente como Donna Summer - faleceu hoje, aos 63 anos. A cantora lutava contra um câncer há algum tempo e sua família enviou um comunicado à imprensa americana: "Enquanto choramos sua morte, celebramos em paz sua extraordinária vida e seu contínuo legado. As palavras realmente não podem expressar o quanto agradecemos por suas orações e seu amor por nossa família neste delicado momento."

Donna Summer em 1979, durante o show A Gift of Song
Donna participou do evento A Gift of Song - The Music for UNICEF Concert, ao lado do ABBA e de vários outros artistas em 1979. Por diversas vezes os ex-integrantes do ABBA, em especial Agnetha, declararam sua admiração por Donna Summer. 

Donna encontra o ABBA no show beneficente A Gift of Song, em Nova York (1979)


Nem todos sabem, mas a faixa To Turn The Stone, do álbum solo de Frida Something's Going On (1982), foi originalmente composta por Giorgio Moroder para Donna, que a gravou em 1981. (Giorgio era o produtor da cantora). 





O álbum I'm a Rainbow, apesar de totalmente gravado, foi engavetado. A gravadora Geffen não gostou do produto final e insistiu para que Summer rompesse a parceria com Giorgio Moroder e trabalhasse com outro produtor, Quincy Jones, com quem ela começou seu projeto seguinte em 1982.


Giorgio então deu To Turn The Stone de presente para Frida, que a transformou em uma das faixas de destaque de seu álbum solo. Somente em 1996 I'm a Rainbow foi lançado e a versão de Donna, gravada antes de Frida, ficou finalmente disponível.


Apesar de ser mais conhecida pelo estilo discothèque que a consagrou nos anos 70, seu repertório incluiu diversos gêneros como rhythm 'n' blues, soul e rock, talento que lhe valeu vários prêmios Grammy e o respeito da crítica. Sem dúvida uma das artistas que definiram a música da década de 1970, assim como o ABBA.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

"SOS" além da canção

Juntamente com suas empresas Polar Music e Union Songs, os quatro ex-integrantes do ABBA se uniram para custear a construção de uma nova casa do projeto Aldeias Infantis SOS em Bossangoa, na República da África Central. Trata-se de uma organização não governamental e sem fins lucrativos de atendimento a crianças, cuja ideia básica é dar uma família e um lar para crianças órfãs ou abandonadas.

Björn, Agnetha, Benny e Frida
O foco, em 133 países e territórios, são crianças em situação de vulnerabilidade social, que perderam ou estão prestes a perder os cuidados de suas famílias. Aldeias Infantis SOS trabalha justamente para integrar social e familiarmente essas crianças e jovens, impulsionando sua autonomia para que se sintam protegidos e incluídos na sociedade.


Bossangoa, na República da África Central
Agnetha, Benny, Björn e Frida estão proporcionando um lar digno para várias crianças ao construírem essa nova casa em Bossangoa. A obra está em andamento e, ao ser concluída, o projeto Aldeias Infantis SOS terá um total de 12 casas de família, que servirão de lar para 120 crianças. A Aldeia também contará com creche, escola, centro médico e social, todos abertos à comunidade.

"O Aldeias Infantis SOS têm um comprometimento sério e duradouro que nos impressionou", disse Björn à revista sueca de economia di.se. "Pensamos que seria interessante contruir uma casa na Aldeia". Um belo gesto para os quatro ex-membros do quarteto que, nos anos 70, cantava SOS. Agora eles também patrocinam as Aldeias Infantis SOS.



Björn nunca esteve na República da África Central, mas a casa que ele os outros ex-parceiros do ABBA estão ajudando a construir tem servido de inspiração para que ele se informe mais sobre o país e possivelmente visite a Aldeia no futuro. Sobre o porquê dos ex-membros do ABBA terem decidido apoiar as Aldeias Infantis SOS em Bossangoa, Björn explicou: "Você precisa estar certo de que o dinheiro será realmente usado para aquele propósito. Foi isso que nos convenceu. Esse projeto é real e se tornará uma realidade. Não se trata de várias mãos que pegam um pouco do dinheiro aqui, outro ali e desaparecem no meio do processo".

"É fantástico que o ABBA, a Polar Music e a Union Songs tenham se engajado em nosso trabalho", afirmou Anna Ryott, Diretora Administrativa do projeto na Suécia. "Graças a isso poderemos dar a mais crianças da República da África Central um lar de verdade e uma família carinhosa".

A Aldeia Infantil em Bossangoa está sendo construída em homenagem à escritora sueca de livros infantis Astrid Lindgren (1907-2002), conhecida no mundo todo por seus livros cuja personagem principal é a esperta menina Pippi Meialonga. A casa será chamada  de "Bullerbyn" – a aldeia de um dos livros de Lindgren. A iniciativa foi tomada pela companhia Saltkrakan (dirigida pelos parentes de Lindgren), a fábrica de brinquedos Micki Leksaker e o parque de diversões Astrid Lindgren’s World. "A combinação de Astrid Lindgren com o ABBA tem um brilho especial na minha opinião", explica Björn. "Fazer algo com a família de Astrid Lindgren me pareceu uma ótima ideia". 


Astrid Lindgren e Agnetha em 1980
A notícia foi dada pelo site inglês do projeto SOS Children's Villages Para saber mais sobre a organização, visite o site Aldeias Infantis SOS Brasil.



The Essential Collection: Alemanha sai na frente


As datas para o lançamento da nova coletânea do ABBA, The Essential Collection, em todos os seus diferentes formatos, mudaram. Na Alemanha o CD, o DVD e o pacote incluindo CDs + DVD serão lançados agora em maio, para coincidir com o especial de TV que vai ao ar em junho. No resto do mundo, The Essential Collection só será lançada em setembro. Saiba mais sobre a coletânea aqui.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Tradução de "Hovas Vittne"

Atendendo a pedidos, coloco aqui a tradução da letra de Hovas Vittne. Eu particularmente não gosto de traduções porque muito da graça da música original se perde, ainda mais quando ela foi escrita em sueco e traduzida para o inglês e, depois, para o português. Alguns trocadilhos e piadas internas acabam ficando meio sem sentido ou mesmo sem a irreverência original. Em todo caso, pelo menos é possível sentir o clima de brincadeira e homenagem bem humorada da canção. Abaixo da letra original está a tradução. (Em algumas frases acrescentei uma pequena explicação, só para situar melhor o leitor).


Hovas Vittne                           


Från Hova kom                                     
Det en bonnläpp det svängde om
Släpa' och slet och snodde
Och sen så småningom
På dur och moll
Blev han rikare än ett troll
Nu e hans dagar fyllda utav tunga beslut
Lukas ska ut
Backen ska saltas
Korven ska kokas
Lukas ska ut

Hovas vittne
Knallarnas röst
Västergötlands stämma på jorden
Sångarhjärtat klappar i ditt bröst
Pennan glöder
Upp flyga orden
Raska klackar slå ännu
Som ett jehu är du
Hovas vittne ger aldrig upp
Hovas vittne
Full far framåt, flaggan i topp

Hos dig på fest
När man sitter och trivs som mest
Hör man nånting som surrar
Din dammsugareprotest
Från din parnass
Tar du flyget i första klass
Djurgården - Honolulu
Och om du kommer fram
Enligt program  
är ditt baggage i Rom och Gudrun i Amsterdam

Hovas vittne…

Vi och du är långhalm och ler
Full fart bakåt
Hovas vittne, vad som än sker
Sticket Stikkan
Det är befogat denna gång
Trots att du tycker att låten
Blir för lång
Sticket Stikkan
Det har vi skrivit i den tron
Att du blir glad om vi höjer
En halv ton

Hovas vittne…

Hurra!


Djurgården



Testemunha de Hova


Lá de Hova ele veio
Um caipira com ouvido bom pra música
Persistiu, lutou e disparou
E um tempo depois,
[Em tom musical] Para cima e para baixo
Se tornou o mais rico de todos
Agora seus dias são cheios de decisões importantes
O Lukas [cão de Stig] tem que sair
A estrada deve ser coberta de sal [o caminho para a casa de Stig era muito alto e para facilitar a caminhada durante o inverno, sal era jogado na estrada]
A salsicha tem que ferver [o prato favorito de Stig!]
Lukas tem que sair


A testemunha de Hova
A voz de "Knallarna" [apelido de um vendedor de Västergötland]
O porta-voz de Västergötland na Terra
Em seu peito bate o coração de um cantor
A caneta está brilhando
As palavras voam [frase foi tirada de um poema sueco]
Você parece um Jeú [rei de Israel, famoso por conduzir com extrema rapidez sua carruagem]
A testemunha de Hova nunca se rende
Testemunha de Hova
Para o alto e avante, o mastro para cima [Stig ganhou uma bandeira no mastro como presente de aniversário]


Em uma festa na casa dele
Quando você está relaxado e se sentindo bem
Escuta algo buzinando
É o protesto do aspirador de pó dele [Stig tinha mania de começar a arrumar a casa e ligar o aspirador de pó quando achava que a festa devia acabar ou estava bagunçada demais]
Do seu Monte Parnasso [cidade onde vivia Terpsícore, musa da dança e do canto na mitologia grega
Você toma o vôo de primeira classe Djurgården - Honolulu [Djurgården era a ilha onde Stig morava]
E se você chegar lá
Como planejado
Sua bagagem vai estar em Roma e Gudrun [esposa de Stig] em Amsterdã!


Nós e você somos como unha e carne
A toda velocidade para trás
Testemunha de Hova, haja o que houver
"Sticket" Stikkan [uma "stick" é uma melodia em tom musical mais alto]
Tem o direito de estar lá agora
Mesmo que você ache que a canção esteja ficando muito comprida [Segundo Stig, para uma canção se tornar hit jamais poderia passar de 4 minutos]
Sticket Stikkan
Compusemos esta canção
Na esperança de agradá-lo
Se nós levantarmos o tom de voz [outra coisa que Stig considerava necessária para uma música fazer sucesso]









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