O site Raffem trouxe hoje a notícia de que Gudrun Elisabet Anderson, esposa de Stig Anderson, faleceu no última dia 31 de Outubro na Suécia aos 79 anos de idade. Considerada a "mãe" do ABBA, ela também deu a sua importante contribuição ao lado de Stikkan durante o perído ativo da banda.
Os últimos anos de Gudrun foram dedicados para o trabalho de caridade. Com algumas senhoras ela fazia café, sanduíches e chocolates para atender a usuários de drogas e moradores de rua em Sergels Torg e em outros lugares no centro de Estocolmo. Ela continuou o trabalho mesmo após um derrame que causou problemas com a sua fala.
Quando Gudrun Anderson chegou aos 70 anos deu uma entrevista em que elogiou os ex-membros do ABBA, com quem ela ainda estava em contato. Ela disse que os membros eram muito amigáveis e completamente inalterados pelo seu sucesso.
Como uma forma de homenageá-la, deixamos aqui uma pequena entrevista realizada pela repórter Anita Adolfsson, do jornal Aftonbladet, que foi publicada em 21 de Março de 1998, poucos meses após a morte de Stikkan.
A ela deixamos nossos melhores pensamentos de gratidão por tudo o que ela fez pelo ABBA.
"Gudrun é a mulher que sempre estava lá para o rei da gravadora Stikkan Anderson. A mulher em quem ele poderia se apoiar. Sua esposa, mãe de seus três filhos e uma assistente no escritório. Mas os últimos anos foram difíceis para ambos. Stikkan estava muito doente.
- Eu acho que foi bom que sua vida tenha acabado, diz Gudrun.
No outono passado Stikkan Anderson, 66 anos, morreu. Os filhos estavam crescidos e haviam saído de casa. Agora Gudrun vive sozinha.
- Como tem sido sua vida?
- Tem sido boa. Mas foi difícil nos últimos anos. Stikkan estava muito doente e havia perdido o entusiasmo pela vida. Ele não queria mais ver as pessoas e não queria que eu fosse a lugar algum, nem mesmo para ir às compras.
Eles se conheciam há muito tempo, Gudrun e Stikkan. Quando eram jovens se conheceram na Ingesunds folkhögskola (um colégio) em Värmland, onde Stikkan estava se apresentando junto com Bengt Bernhag e Börje Crona. Em 1955 eles se casaram.
Poucos anos depois uma vida completamente diferente começou quando Stikkan apresentou sua canção "Vi hänger me" para o povo sueco. Depois o sucesso com o ABBA aconteceu. Gudrun cuidava das finanças, planejamento e contabilidade - no escritório. E da família - em casa. Assim como tantas outras mulheres.
- Foi mais fácil para nós mantermos as coisas desta maneira, porque como muitos de vocês já devem saber pode ser difícil ser mãe e trabalhar ao mesmo tempo. Stikkan entendia que às vezes eu tinha de ficar em casa para cuidar dos nossos filhos doentes. Além disso era eu quem fazia eles terem tudo o que precisavam, já que Stikkan estava sempre ocupado com algo.
O negócio era bom e o dinheiro continuou entrando, mas em 1985 o divórcio era um fato.
- Stikkan conheceu outra mulher. Talvez eu já tivesse descoberto isso, mas eu não queria acreditar. Era como se eu estivesse usando óculos escuros. Isso foi muito difícil, nós trabalhávamos juntos.
- Eu queria o divórcio. Mas Stikkan... não tinha certeza. Como tantos outros homens ele queria ter tudo. Foi um momento muito difícil e extremamente difícil de passar. Um divórcio é quase pior do que quando alguém morre.
Stikkan foi embora e Gudrun passou a viver sozinha na casa grande. Mas depois de um tempo Stikkan quis voltar para casa novamente. Para Villa Ekarna, onde ele gostava de estar. Mas ele e Gudrun nunca se casaram novamente.
- Quando ele voltou para mim não queria falar sobre nossos problemas. Nós só conseguíamos olhar para o futuro e deixar o passado para trás.
- Para socializar com os amigos ou convidá-los para jantar não era fácil. Eu nunca sabia se teríamos ou não esse jantar, ou como as coisas iriam acabar. Mas ele tinha uma boa memória, nós costumávamos resolver palavras cruzadas do Svenska Dagbladet juntos. Esse é um bom exercício.
Gudrun é a mais velha de seis irmãos. Ela é independente e forte.
- Eu consegui passar a vida bem. Meus pais eram agricultores em Sunne, Värmland. Minha mãe não tinha seu próprio dinheiro, exceto o que ela fazia com a venda de ovos e vegetais. Era desse jeito que costumava ser. Mas ela era uma mãe fantástica, e ela escrevia poemas. Quando ela morreu, meu pai se tornou muito solitário. Essa é a maneira como as coisas são com os homens, eles têm uma dificuldade de fazer isso sozinhos. Muitas vezes eles não têm um amigo para podem conversar ou confidenciar. Stikkan era desse jeito no final. Quando eu vestia o meu casaco ele perguntava onde eu estava indo. Ele não queria que eu fosse nem às compras, mas às vezes eu saía para ver meus amigos. Eu tinha que ter uma vida própria também. Eu acho que foi bom que a sua vida tenha acabado, ele achava que tudo não era mais divertido."
Nome: Gudrun Elisabet Anderson
Idade: 66
Mora: Em Östermalm, Estocolmo
Família: Os filhos Marie (40), Lasse (39) e Anderson (31). Cinco netos.
Educação: Professora de costura.
Carro: Volvo S70 1997
Rendimentos: Últimos rendimentos avaliados em 714.500 SEK. Capital tributável de 34,4 milhões de coroas suecas.
O que você queria ser quando era criança: Nada em especial.
A coisa mais importante agora: Transformar o estúdio em uma sala de estar.
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Os últimos anos de Gudrun foram dedicados para o trabalho de caridade. Com algumas senhoras ela fazia café, sanduíches e chocolates para atender a usuários de drogas e moradores de rua em Sergels Torg e em outros lugares no centro de Estocolmo. Ela continuou o trabalho mesmo após um derrame que causou problemas com a sua fala.
Quando Gudrun Anderson chegou aos 70 anos deu uma entrevista em que elogiou os ex-membros do ABBA, com quem ela ainda estava em contato. Ela disse que os membros eram muito amigáveis e completamente inalterados pelo seu sucesso.
Como uma forma de homenageá-la, deixamos aqui uma pequena entrevista realizada pela repórter Anita Adolfsson, do jornal Aftonbladet, que foi publicada em 21 de Março de 1998, poucos meses após a morte de Stikkan.
A ela deixamos nossos melhores pensamentos de gratidão por tudo o que ela fez pelo ABBA.
"Gudrun é a mulher que sempre estava lá para o rei da gravadora Stikkan Anderson. A mulher em quem ele poderia se apoiar. Sua esposa, mãe de seus três filhos e uma assistente no escritório. Mas os últimos anos foram difíceis para ambos. Stikkan estava muito doente.
- Eu acho que foi bom que sua vida tenha acabado, diz Gudrun.
No outono passado Stikkan Anderson, 66 anos, morreu. Os filhos estavam crescidos e haviam saído de casa. Agora Gudrun vive sozinha.
- Como tem sido sua vida?
- Tem sido boa. Mas foi difícil nos últimos anos. Stikkan estava muito doente e havia perdido o entusiasmo pela vida. Ele não queria mais ver as pessoas e não queria que eu fosse a lugar algum, nem mesmo para ir às compras.
Eles se conheciam há muito tempo, Gudrun e Stikkan. Quando eram jovens se conheceram na Ingesunds folkhögskola (um colégio) em Värmland, onde Stikkan estava se apresentando junto com Bengt Bernhag e Börje Crona. Em 1955 eles se casaram.
Poucos anos depois uma vida completamente diferente começou quando Stikkan apresentou sua canção "Vi hänger me" para o povo sueco. Depois o sucesso com o ABBA aconteceu. Gudrun cuidava das finanças, planejamento e contabilidade - no escritório. E da família - em casa. Assim como tantas outras mulheres.
- Foi mais fácil para nós mantermos as coisas desta maneira, porque como muitos de vocês já devem saber pode ser difícil ser mãe e trabalhar ao mesmo tempo. Stikkan entendia que às vezes eu tinha de ficar em casa para cuidar dos nossos filhos doentes. Além disso era eu quem fazia eles terem tudo o que precisavam, já que Stikkan estava sempre ocupado com algo.
O negócio era bom e o dinheiro continuou entrando, mas em 1985 o divórcio era um fato.
- Stikkan conheceu outra mulher. Talvez eu já tivesse descoberto isso, mas eu não queria acreditar. Era como se eu estivesse usando óculos escuros. Isso foi muito difícil, nós trabalhávamos juntos.
- Eu queria o divórcio. Mas Stikkan... não tinha certeza. Como tantos outros homens ele queria ter tudo. Foi um momento muito difícil e extremamente difícil de passar. Um divórcio é quase pior do que quando alguém morre.
Stikkan foi embora e Gudrun passou a viver sozinha na casa grande. Mas depois de um tempo Stikkan quis voltar para casa novamente. Para Villa Ekarna, onde ele gostava de estar. Mas ele e Gudrun nunca se casaram novamente.
- Quando ele voltou para mim não queria falar sobre nossos problemas. Nós só conseguíamos olhar para o futuro e deixar o passado para trás.
- Para socializar com os amigos ou convidá-los para jantar não era fácil. Eu nunca sabia se teríamos ou não esse jantar, ou como as coisas iriam acabar. Mas ele tinha uma boa memória, nós costumávamos resolver palavras cruzadas do Svenska Dagbladet juntos. Esse é um bom exercício.
Gudrun é a mais velha de seis irmãos. Ela é independente e forte.
- Eu consegui passar a vida bem. Meus pais eram agricultores em Sunne, Värmland. Minha mãe não tinha seu próprio dinheiro, exceto o que ela fazia com a venda de ovos e vegetais. Era desse jeito que costumava ser. Mas ela era uma mãe fantástica, e ela escrevia poemas. Quando ela morreu, meu pai se tornou muito solitário. Essa é a maneira como as coisas são com os homens, eles têm uma dificuldade de fazer isso sozinhos. Muitas vezes eles não têm um amigo para podem conversar ou confidenciar. Stikkan era desse jeito no final. Quando eu vestia o meu casaco ele perguntava onde eu estava indo. Ele não queria que eu fosse nem às compras, mas às vezes eu saía para ver meus amigos. Eu tinha que ter uma vida própria também. Eu acho que foi bom que a sua vida tenha acabado, ele achava que tudo não era mais divertido."
Nome: Gudrun Elisabet Anderson
Idade: 66
Mora: Em Östermalm, Estocolmo
Família: Os filhos Marie (40), Lasse (39) e Anderson (31). Cinco netos.
Educação: Professora de costura.
Carro: Volvo S70 1997
Rendimentos: Últimos rendimentos avaliados em 714.500 SEK. Capital tributável de 34,4 milhões de coroas suecas.
O que você queria ser quando era criança: Nada em especial.
A coisa mais importante agora: Transformar o estúdio em uma sala de estar.
Fontes: Raffem, Abbatoday e Abbamikory
4 comments:
História emocionante e ao mesmo tempo curiosa... Cada casal tem sua trajetória e sua história para contar... Com suas dificuldades e alegrias os dois finalizaram suas passagens pela terra... Que descansem em paz, muita paz...
Que incrível história da trajetória do ABBA
São tantos momentos!!
Tantos músicas!!!
Eu amo o ABBA e sempre vou amar!!!!
Que incrível história da trajetória do ABBA
São tantos momentos!!
Tantos músicas!!!
Eu amo o ABBA e sempre vou amar!!!!
Que incrível história da trajetória do ABBA
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